H&M suspende temporariamente vendas na Rússia

Um dos maiores players mundiais na distribuição de produtos de moda decidiu afirmar a sua posição sobre a situação na Ucrânia. Após a entrada do exército russo em território ucraniano a 24 de fevereiro, o bombardeamento e o cerco das principais cidades do país e já, sem dúvida, milhares de mortos, a sueca H&M anunciou na quarta-feira a suspensão temporária das suas vendas na Rússia. E declarou solidariedade com "todas as pessoas que estão a sofrer".

"O grupo H&M decidiu suspender temporariamente todas as vendas na Rússia", indicou em comunicado. "As lojas na Ucrânia já foram temporariamente encerradas por motivos de segurança dos clientes e colegas. A situação está a ser continuamente monitorizada e avaliada. Os representantes da empresa estão em diálogo com todas as partes interessadas relevantes. O grupo H&M preocupa-se com todos os seus colegas e junta-se a todos que, em todo o mundo, apelam à paz. Roupas e outros produtos de primeira necessidade estão a ser doados pela empresa. A Fundação H&M fez igualmente doações à Save the Children e ao ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados)."
 
Naturalmente, as questões logísticas devem ser levadas em consideração no contexto de tensões internacionais e guerra no coração da Europa, mas o grupo acaba de decidir suspender a sua atividade no seu sexto mercado. Em 2021, a atividade da H&M na Rússia foi maior do que em Itália e, a 30 de novembro, o grupo contava, segundo os dados comunicados durante a publicação do seu último trimestre do último exercício, 168 pontos de venda na Rússia. Ao longo de todo o exercício, a H&M registou cerca de 730 milhões de euros em vendas no maior país do mundo. No seu exercício financeiro de 2021, o grupo alcançou um volume de negócios de 18,92 mil milhões de euros.

Além da H&M, também o grupo Nike anunciou a suspensão das suas atividades com a Rússia e as plataformas de venda online do grupo Yoox Net-a-Porter declararam igualmente a suspensão das suas entregas no país.
 
Com Reuters