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16 de dez. de 2016
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H&M: vendas de novembro dececionam

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Reuters
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16 de dez. de 2016

A gigante do fast-fashion sueca H&M publicou seus números de vendas para o mês de novembro. Eles surgem em linha com o mês anterior e, portanto, abaixo das expetativas da comunidade de analistas, que previam uma aceleração da atividade com a aproximação do inverno na maioria dos seus mercados.

As vendas de novembro da H&M dececionam.  

Esta nova informação joga uma dúvida sobre a extensão da retomada destacada pelo grupo sueco, depois de vários anos de corrosão das margens e de vários trimestres de queda de lucros.

O desempenho comercial da H&M – e de alguns dos seus concorrentes – permaneceu inferior àquela do grupo Inditex, em especial porque o proprietário da cadeia Zara permitiu a esta última tornar-se mais reativa às mudanças da demanda e às variações do clima.

O volume de negócios da H&M, expresso em moeda local, avançou 9% em novembro, ao passo que o consenso da Reuters previa uma queda de 15%.

A Inditex declarou na passada quarta-feira que suas vendas haviam avançado 16% em novembro e na primeira metade do mês de dezembro.

Como consequência, a ação da H&M esteve em recuo de 3,8% na manhã de quinta-feira, puxando a queda do curso a 14% desde o início do ano. Em comparação, a ação da Inditex ganhou 1% no mesmo período.

No passado, a H&M justificou a franqueza do seu crescimento pela anormalidade do clima, por exemplo, em setembro passado, quando o crescimento das vendas foi de apenas 1% depois de um início de outono particularmente brando.

No entanto, alguns analistas temem que essas contra performances possam esconder problemas mais profundos, como uma concorrência mais dura que o previsto e uma cadeia logística muito menos reativa.

"Em novembro, os mercados do vestuário por todo o Norte e a parte Ocidental da Europa deveriam ter apresentado mais apoio [às vendas], pois o clima foi mais frio em relação ao ano passado", segundo Anne Critchlow, analista da Société Générale.

"Resta saber se a H&M é capaz de acelerar suas vendas em dezembro, quer dizer, ao longo do primeiro mês do seu exercício fiscal, ou se a tendência de desaceleração do crescimento levará a novas quedas de preços ao longo do primeiro trimestre da marca", acrescentou a analista. A Société Générale emitiu uma opinião para a "venda" da ação.

A H&M declarou que as suas vendas de setembro, quer dizer, do 4º trimestre da companhia, atingiram 52.7 mil milhões de coroas suecas (5.37 mil milhões de euros), contra 48.7 mil milhões um ano antes e previsões de 53.5 mil milhões.

H&M, que publicará seus resultados para o 4º trimestre a 31 de janeiro próximo, não quis tecer comentários em relação a esses números de vendas.

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