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Estela Ataíde
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17 de set. de 2020
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H&M corta relações com fornecedor chinês devido a acusações de "trabalho forçado"

Por
AFP
Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
17 de set. de 2020

A gigante sueca de pronto-a-vestir Hennes and Mauritz (H&M) revelou na terça-feira ter cessado todas as relações com um produtor de fios chinês na sequência de acusações de "trabalho forçado" imposto a uigures na província chinesa de Xinjiang.


DR


A retalhista indicou que não trabalha com nenhum fabricante de roupa da região e que não se abastecerá mais de algodão de Xinjiang, a maior área chinesa de produção de algodão.
 
Um relatório do think tank Australian Strategic Police Institute (ASPI), publicado em março, apontou a H&M como uma das beneficiárias do programa de trabalho forçado através da sua relação com a fabricante de fios tingidos Huafu, que conta com uma fábrica na província de Anhui (leste da China).

A H&M garantiu em comunicado não ter qualquer conexão com esta fábrica em Anhui, nem com as operações da Huafu em Xinjiang.

No entanto, o grupo sueco reconheceu ter uma "relação comercial indireta com uma fábrica" localizada em Shangyu, na província de Zhejiang (sul da China), propriedade da Huafu Fashion.

"Ainda que não haja nenhum sinal de trabalho forçado nesta fábrica de Shangyu, decidimos, enquanto se aguarda mais informações sobre essas alegações de trabalho forçado, encerrar essa relação comercial com a Huafu Fashion Co, independentemente da situação e da especialidade, pelos próximos 12 meses", acrescentou o grupo, garantindo que levará a cabo "uma investigação a todas as confeções com as quais trabalha na China”
 
Os uigures, que são muçulmanos e falam turco, constituem o principal grupo étnico de Xinjiang, uma enorme região no oeste da China que faz fronteira com o Afeganistão e o Paquistão.
 
Países ocidentais e muitas organizações internacionais acusam Pequim de levar a cabo perseguições em grande escala aos uigures e de ter internado arbitrariamente mais de um milhão de muçulmanos em Xinjiang em campos.
 
O governo americano anunciou na segunda-feira que iria bloquear a importação de uma série de produtos originários da região chinesa de Xinjiang, acusando Pequim de submeter a minoria muçulmana uigur a "trabalho forçado".

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