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Estela Ataíde
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30 de mar. de 2023
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H&M: lucros aumentam no primeiro trimestre impulsionados pela plataforma de segunda mão Sellpy

Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
30 de mar. de 2023

Os resultados do primeiro trimestre da H&M mostram um aumento no lucro operacional, no lucro líquido e nas vendas nos três meses até fevereiro. No entanto, as dificuldades continuam e o frio atrasa as vendas de primavera.


H&M


O lucro operacional aumentou de 458 para 725 milhões de coroas suecas (65 milhões de euros), o que representa uma margem operacional de 1,3%, contra 0,9%. As perdas eram esperadas, mas incluíram um efeito positivo relacionado com a Sellpy (uma das maiores plataformas de segunda mão da Europa que operava como empresa parceira e agora foi consolidada no grupo) de 999 milhões de coroas suecas.
 
A empresa já havia anunciado os seus números de vendas para o trimestre, com alta de 12%, para 54,87 mil milhões de coroas suecas, e 3% em moeda local. Excluindo Rússia, Bielorrússia e Ucrânia, o aumento foi de 16% em coroas suecas e de 7% em moeda local.

No entanto, a margem bruta caiu de 49,3 para 47,2% e a empresa afirma que “os fatores externos das compras realizadas no primeiro trimestre foram muito negativos em relação ao mesmo período do ano passado”.
 
É interessante que a empresa nem sempre divulga as vendas de marcas dos seu portefólio (COS, Monki, Weekday e Other Stories e Arket) separadamente, mas disse que, no primeiro trimestre, estas aumentaram 19% em coroas suecas e 11% em moedas locais.

Na sua opinião, estas marcas “têm avançado fortemente e contribuem cada vez mais para o crescimento do grupo”. A COS procedeu a uma ampla atualização da sua oferta e reforçou a sua posição no segmento premium. A Arket continua a crescer a um bom ritmo e triplicou as suas vendas desde 2019.
 
A empresa acrescenta que, até agora, no segundo trimestre (mês de março), as vendas em moeda local devem crescer 4%. "O início da temporada de primavera foi adiado em muitos mercados importantes como resultado do frio", explica a H&M, mas acrescenta que as "coleções de primavera foram bem recebidas em locais onde as temperaturas estão a subir".
 
Num relatório recente da organização ambiental e climática Stand.earth, o grupo obteve a melhor qualificação possível pelas suas ação a favor do clima, entre um total de 43 marcas de moda.

A CEO Helena Helmersson disse: "O grupo H&M continua forte, desfruta de uma sólida posição financeira, um fluxo de caixa estável e um inventário bem equilibrado. O início do ano mostra que demos novos passos em direção ao objetivo de alcançar uma margem operacional de 10% já no próximo ano.”
 
A executiva acrescentou que, embora o contexto continue difícil, se observam “várias áreas nas quais a evolução vai na direção certa”: “Os fatores externos que influenciam os custos de compra continuam a melhorar, o trabalho no programa de custos e eficiência avança a todo vapor e muitas das mudanças que introduzimos nos últimos anos começam a dar frutos.”

Além da boa receção das coleções de primavera até ao momento, o grupo “está a avançar com uma série de iniciativas destinadas a oferecer ainda mais valor” aos clientes, apontou. “Graças aos nossos investimentos em áreas como tecnologia, IA e cadeia de aprovisionamento, melhorámos a precisão e os tempos de resposta, oferecendo aos nossos clientes acesso a um sortido ainda mais amplo e relevante, adaptado às regiões, lojas e à plataforma digital."
 
Algo que se reflete especialmente na roupa de mulher da H&M, "que atrai cada vez mais clientes".

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