H&M nomeia Helena Helmersson como nova CEO

Os lucros trimestrais da H&M são sempre grandes notícias, mas o relatório desta quinta-feira foi ofuscado pelo anúncio de que a empresa tem uma nova CEO. Helena Helmersson substitui o CEO de longa data Karl-Johan Persson, que se tornará presidente da empresa, no lugar do seu pai, Stefan Persson, que ocupou o cargo durante 20 anos.

Este é um momento decisivo para a empresa, que é uma das maiores retalhistas de moda do mundo e que, durante o mandato do presidente, passou de ser uma empresa de marca única para ser proprietária de um total de nove marcas.

Embora a mudança de presidente vá ocorrer dentro de alguns meses, Helmersson, que é veterana da H&M e foi diretora de operações durante um ano, assume imediatamente o seu novo cargo.

Nascida em 1973, Helmersson começou na empresa em 1997 como economista no departamento de compras da H&M e ocupou vários cargos nas áreas de compras e produção. Foi diretora de sustentabilidade durante cinco anos e depois foi diretora de produção em Hong Kong.

"É uma mudança natural, depois de 20 anos, passar para Karl-Johan, que é CEO há mais de 10 anos”, afirmou o presidente cessante, acrescentando: “Continuarei a ser um proprietário comprometido, como até agora, mas de uma posição diferente. Além disso, o momento é favorável para fazer esta mudança agora, já que melhorámos gradualmente os lucros e temos uma posição forte com muitas marcas bem estabelecidas, milhões de clientes em todo o mundo e uma boa solidez financeira."

"Karl-Johan e a equipa fizeram um trabalho incrível para assegurar o futuro do grupo H&M. Estou plenamente convencido de que também fará um excelente trabalho como presidente. Sinto-me confiante em entregar o cargo de CEO a Helena, uma experiente e grande líder que encarna os nossos valores. Helena continuará a trabalhar no plano que adotámos para 2020 e além.”

A empresa revelou também que os seus lucros antes de impostos no quarto trimestre, até ao final de novembro, aumentaram para 5,4 mil milhões de coroas suecas (510,3 milhões de euros / 562,2 milhões de dólares), de 4,35 mil milhões de coroas suecas. Significativamente mais do que os 4,78 mil milhões de coroas suecas que os analistas previam. O lucro do grupo depois de impostos aumentou de 3,543 mil milhões de coroas suecas para 4,212 mil milhões de coroas suecas.

Isto aconteceu quando as suas vendas líquidas aumentaram 9%, para 61.694 mil milhões de coroas suecas. Em moedas locais, as vendas líquidas aumentaram 5% e, no período desde o final do trimestre, também aumentaram 5% em moedas locais.

A empresa disse que o custo das reduções em torno das vendas deve cair em torno de 0,5 a um ponto percentual no primeiro trimestre. E acrescentou que "as lojas físicas e online estão a integrar-se cada vez mais com a otimização contínua do portefólio de lojas".

Os projetos deste ano incluirão tanto espaços físicos como lojas na internet. Está prevista para 2020 a abertura de cerca de 200 novas lojas, principalmente nos mercados em crescimento, mas também está previsto o fecho de cerca de 175 lojas, principalmente em mercados estabelecidos. Espera-se que a Austrália se torne um novo mercado onine para a retalhista sueca no segundo semestre de 2020 e a H&M será lançada na plataforma de comércio eletrónico SSG.COM na Coreia do Sul este ano.

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