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Estela Ataíde
Publicado em
9 de mar. de 2021
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H&M suspende encomendas provenientes da Birmânia

Por
Reuters
Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
9 de mar. de 2021

A gigante sueca do vestuário H&M decidiu na segunda-feira suspender as suas encomendas provenientes da Birmânia, dizendo-se chocada com o uso de força contra os manifestantes que protestavam contra o golpe militar de 1 de fevereiro.


Campanha H&M - site internet H&M


Serkan Tanka, responsável pela H&M na Birmânia, escreve num e-mail: “Ainda que não tenhamos tomado uma decisão imediata quanto à nossa presença a longo prazo no país, decidimos nesta fase interromper quaisquer novas encomendas aos nossos fornecedores. Isso está associado a dificuldades concretas e a um contexto imprevisível que limita a nossa capacidade de operar no país, nomeadamente com obstáculos ao nível da produção industrial e de infraestruturas, da importação de matérias-primas e do transporte de produtos acabados.”
 
A H&M, número dois mundial no seu setor, atrás da Inditex, proprietária da Zara, conta com 45 fornecedores diretos na Birmânia, segundo o site do grupo. A H&M recorre a fornecedores da Birmânia há sete anos. De acordo com Serkan Tanka, a H&M está extremamente preocupada com a situação na Birmânia e tem vindo a discuti-la com agências da ONU, representantes diplomáticos, especialistas em direitos humanos, sindicatos e outras multinacionais: “Estas consultas irão guiar-nos na nossa decisão futura sobre a forma como nós, como empresa, podemos contribuir da melhor forma (...) para o que o povo birmanês exige.”

Fábricas, bancos e lojas estiveram fechados na segunda-feira em Rangoon, a maior cidade do país, após um apelo sindical para uma paralisação da economia como parte do movimento de protesto contra o golpe. Dois manifestantes foram mortos na segunda-feira, com tiros na cabeça, segundo testemunhas. As forças birmanesas mataram mais de 50 pessoas desde o golpe de 1 de fevereiro, de acordo com uma estimativa fornecida na semana passada pelas Nações Unidas.

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