Hedi Slimane vence nova rodada contra a Kering

Hedi Slimane ganhou uma nova rodada na batalha judicial contra o seu ex-empregador Kering. O grupo de luxo foi condenado pelo tribunal do comércio de Paris a pagar 9,3 milhões de euros ao estilista. A soma equivale à parte variável da remuneração de Slimane no seu último ano como diretor criativo da Saint Laurent.

Contactada pela Fashionnetwork.com, a Kering recusou-se a comentar a notícia, que foi reportada pela primeira vez pela Bloomberg. O grupo, proprietário de várias outras marcas de moda além da Saint Laurent, entre elas a Gucci e a Balenciaga, manifestou, no entanto, a sua intenção de apelar contra a decisão.

Sob a direção artística de Hedi Slimane, que assumiu o cargo em março de 2012, a Saint Laurent viu as suas vendas triplicarem em quatro anos, crescendo quase 30% ao ano, passando de 354 milhões de euros no final de 2011 para quase mil milhões de euros no final de 2015. De forma inesperada, o designer foi demitido em abril de 2016, sendo substituído pelo estilista belga Antony Vaccarello.

Desde então, o caso foi parar aos tribunais, com Hedi Slimane a atacar o grupo de François-Henri Pinault em vários pontos do seu contrato. Em junho de 2016, o Tribunal do Comércio de Paris condenou a Kering a pagar 13 milhões de dólares ao estilista, que contestou a aplicação da cláusula de não concorrência. Mais uma vez, o grupo recorreu da sentença.

O designer também exigiu que a Kering cumprisse um partnership agreement, concedendo-lhe alguns direitos específicos, incluindo o de acesso à informações, como acionista minoritário da Saint Laurent. Em novembro de 2016, o tribunal favoreceu novamente Slimane, afirmando que o estilista deveria ter acesso às informações financeiras da GG France Holding.

Em janeiro deste ano, Hedi Slimane começou a trabalhar para o grupo concorrente, LVMH, onde foi nomeado diretor artístico da Céline, substituindo Phoebe Philo.

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