AFP
4 de nov. de 2016
Hermès acelera no 3º trimestre, puxada pela marroquinaria
AFP
4 de nov. de 2016
O crescimento do grupo de luxo francês Hermès acelerou no terceiro trimestre, uma vez que suas vendas avançaram 9,9% graças ao sucesso da sua marroquinaria, mesmo que o mercado tenha seguido difícil em França em razão da queda do número de turistas depois dos atentados.

A fabricante de selas e artigos de couro da rue do Faubourg Saint-Honoré, em Paris, confirmou na quinta-feira, 03 de novembro, seus objetivos para o exercício de um crescimento das vendas (com taxas constantes) "que deve ser ligeiramente superior" àquele do ano de 2015 em razão de um impacto favorável das coberturas de câmbio.
"Nós vimos uma bela aceleração do crescimento das vendas no terceiro trimestre. Este crescimento é particularmente saudável, pois repousa no crescimento orgânico", resumiu o presidente da grife Axel Dumas durante uma conferência telefónica.
Ao longo do trimestre, o volume de negócios atingiu os 1.250 milhões de euros, ou seja, superior ao consenso estabelecido pela Factser, que contava com 1.220 milhões.
O avanço das vendas sobre um ano atingiu +9,9%, em dados publicados, ficando em +8,8% em dados orgânicos, ou seja, uma aceleração em relação aos trimestres anteriores (+8,1% e +6,2%), assim como em comparação com o exercício 2015 (+8,1%).
Por zonas geográficas, Axel Dumas mencionou em especial uma "melhora na China continental, uma Europa forte e Estados Unidos que se mantêm", mesmo que o Japão esteja a ser "penalizado pelo ganho de musculatura do iene" e que a França tenha seguido "impactada" depois dos atentados.
A marroquinaria e a selaria, pilar do grupo, continua sob céu de brigadeiro com um crescimento de 16% no terceiro trimestre, ascendendo aos 630 milhões de euros, "o conjunto das linhas funciona muito bem", segundo Axel Dumas.
Por outro lado, a segunda atividade da Hermès, os vestuários e acessórios, segue em ligeiríssimo recuo de 0,1%, ao passo que a seda e os têxteis exibem uma queda de 4,1% em dados orgânicos, "penalizados pelos eventos em França e pela desaceleração das vendas na Grande China e na América", segundo o comunicado.
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