O grupo francês de luxo Hermès, respaldado por um 2017 "histórico" com uma margem de lucro que atingiu os 34,6%, vai oferecer aos seus acionistas um dividendo "excecional" de 5 euros por ação.

"A Hermès atingiu um novo ano de resultados históricos, fruto da qualidade do nosso savoir-faire e do sucesso das nossas criações, mas acima de tudo do incrível compromisso dos homens e mulheres Hermès", celebrou num comunicado o presidente do grupo, Axel Dumas, na quarta-feira (21). 

Durante o ano fiscal de 2017, o fabricante de artigos de couro da rue Faubourg Saint-Honoré obteve um lucro líquido de 1,22 mil milhões de euros, em linha com o consenso estabelecido pela Factset. O lucro operacional atual aumentou 13%, atingindo 1,92 mil milhões de euros, em comparação com 1,69 mil milhões de euros no ano anterior.

A margem operacional ficou em 34,6% das vendas, “uma rentabilidade histórica", "2 pontos acima da obtida em 2016". Este crescimento excecional deve-se principalmente ao sucesso das coleções, à boa produtividade dos seus locais de produção e ao impacto positivo das coberturas cambiais", ressaltou o grupo.

No mês passado, a Hermès já havia registado vendas recorde em 2017, de 5,5 mil milhões de euros, o que representa uma progressão de 6,7% em dados publicados e de 8,9% em orgânicos.

A fabricante dos famosos lenços de seda e das carteiras Birkin e Kelly anunciou que vai propor, na próxima assembleia geral de acionistas, o pagamento de um dividendo "excecional" de 5 euros por ação, além de um dividendo de 4,10 euros. Em 2014, a Hermès já havia pago um dividendo excecional (também de 5 euros por ação) entre os seus acionistas, para que estes beneficiassem de um "fluxo de caixa significativo".

O grupo de luxo não compartilhou as suas previsões para o ano em curso, mas indicou que "a médio prazo, apesar do aumento das incertezas económicas, geopolíticas e monetárias no mundo", confirma uma "meta de progressão do volume de negócios a taxas constantes ambiciosas".