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Stylo Urbano
Publicado em
11 de jan. de 2017
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História de amor entre George Michael e supermanequins dos anos 1990

Por
Stylo Urbano
Publicado em
11 de jan. de 2017

A relação entre música e moda sempre foi muito próxima. David Bowie tornou-se uma referência de estilo 'glam rock' e serviu de inspiração para estilistas como Jean-Paul Gaultier, Dries Van Noten e Gucci. Outro ícone da música e símbolo sexual foi George Michael, que sentia uma grande devoção pelas supermanequins dos anos 90, por isso, convidou-as para estrelar alguns dos seus videoclipes mais famosos.

 
O cantor britânico, que faleceu aos 53 anos no dia de Natal em 2016, se tornou uma estrela pop graças a sucessos como 'Wake Me Up Before You Go-Go' e 'Careless Whisper'. Mas, se vamos falar sobre moda e George Michael, temos de citar o famoso vídeo 'Freedom'. Porque essa música é tão importante?
 
Deusas sublimes e maravilhosas dos anos 90
Depois que George Michael abandonou o grupo Wham!, formado com Andrew John Ridgeley, ele saiu em carreira solo e lançou em 1990 a faixa 'Freedom'. Como reação à fama, Michael não queria aparecer no vídeo, mas, inspirado por Peter Lindbergh, ele escalou as tops Naomi Campbell, Linda Evangelista, Tatjana Patitz, Christy Turlington e Cindy Crawford para estrelar a produção. Sem dúvida, isso simbolizou a confirmação do reinado das supermodelos da década de 1990.

Depois de ouvir a triste notícia de sua morte, as quatro tops que apareceram em 'Freedom' mostraram suas condolências em suas contas de Instagram. A carreira dessas quatro manequins explodiu após este sucesso e, ciente disso, expressaram orgulho por terem feito parte desta grande obra de George Michael.

 

 
Em 1991, no final do seu desfile em Milão, o estilista italiano Gianni Versace enviou o quarteto 'arrasa quarteirão': Crawford, Evangelista, Campbell e Turlington pela passerelle. As quatro modelos estavam juntas murmurando a letra de 'Freedom', e isso se tornou um momento crucial na era das supermanequins.
 
A Vogue queria fazer uma homenagem ao vídeo da icónica música 'Freedom' e acabou por fazer uma versão modernizada. Desta vez, as protagonistas foram outras: a nova geração de supermodelos formadas por Adriana Lima, Anna Ewers e Irina Shayk. 
 
As tops aparecem dançando e desfilando pelas ruas de Nova Iorque vestindo vários modelos de coleções primavera-verão 2017 assinados por Michael Kors, Marc Jacobs, Ralph Lauren e Rodarte, entre outras grifes.
 
Michael amava as tops da década de 1990 e queria mostrar ao mundo a sofisticação e sensualidade que exalavam aquelas mulheres que ele tanto admirava. Ele também fez outro vídeo chamado 'Too Funky' que reuniu novamente Linda Evangelista a outras manequins como Eva Herzigova, Tyra Banks, Nadja Auermann, Emma Sjöberg-Wiklund, Estelle Lefebure, a atriz Rossy de Palma e a manequim, estilista e ilustradora de moda Connie Fleming.

 

 
Michael contratou o estilista francês Thierry Mugler para filmar o vídeo e vestir o elenco, injetando toda a sua paixão pelo drama, fetiche, luxo e teatralidade. Confere a manequim Emma Sjöberg-Wiklund, como uma motoqueira punk diabólica usando corpete escultura de moto e traje robô cromado; Julie Newmar, como uma midinette que enlouquece; Evangelista, como uma alienígena sobre-humana em branco, e Joey Arias, como a estilista louca inspirada em Edith Head, vestindo uma saia de chiffon plissado com um espartilho de pérolas, uma camisola de malha preta apertada e os sapatos de fetiche. O vídeo foi feito para a caridade (e as pessoas envolvidas não cobraram pelo trabalho).
 
A morte de George Michael foi triste para a sua família, amigos e fãs, mas certamente não é o fim da conexão entre a moda e a música.

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