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3 de out. de 2014
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Hong Kong: Pequim suspende os fluxos turísticos face às manifestações

Publicado em
3 de out. de 2014

No momento em que se seguem no antigo protetorado britânico as manifestações, que se opõem ao crescente controle de Pequim, a China anuncia a suspensão das autorizações de viagem em grupo a Hong Kong.

Manifestação a 29 de setembro diante da sede do governo chinês em Hong Kong – AFP


É o que aponta ao Bloomberg o diretor do turismo de Hong Kong, Joseph Tung, mencionando detalhes de operadores turísticos chineses. Uma resposta de envergadura, uma vez que o turismo é um ponto importante para as receitas. Aproximadamente 40 milhões de visitantes, dos quais 31 milhões de chineses, teriam visitado Hong Kong entre janeiro e agosto (+15,5%).

Várias dezenas de milhares de manifestantes saíram, esses últimos dias, às ruas de Hong Kong. A decisão de Pequim tem lugar no momento em que, para a festa nacional chinesa de 2 de outubro, o movimento de Hong Kong ganhava uma nova envergadura. A reivindicação principal do movimento é a instauração de um sufrágio universal pleno e completo em 2017, em resposta ao pulso forte de Pequim.

Por ocasião de uma visita do ministro chinês ao departamento de Estado, o Secretário americano de Estado John Kerry pediu para Pequim afrouxar as rédeas “em respeito ao direito dos manifestante de exprimir as suas opiniões de maneira pacífica”, apoiando ao mesmo tempo a instauração do sufrágio universal em Hong Kong.

“O governo chinês tem revelado com muita firmeza e transparência a sua posição: os assuntos de Hong Kong são os assuntos internos da China”, respondeu o seu homólogo chinês Wang Yi. “Nenhum país, nenhuma sociedade, ninguém toleraria ações ilegais que transgridam a ordem pública. É o caso tanto nos Estados Unidos como em Hong Kong”.

No entanto, aquilo que está em jogo ultrapassa o âmbito da Grande China. Na realidade, Hong Kong é um dos mercados mais importantes do planeta e inúmeras produções chinesas transitam pelo arquipélago para alcançar o mercado internacional. À saúde económica do antigo protetorado está também vinculada àquela de muitos países do sudeste asiático.

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

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