Hugo Boss reduz lucro de 13% em 2019 para 205 milhões de euros

A empresa têxtil alemã Hugo Boss apresentou um lucro líquido atribuível de 205 milhões de euros em 2019, o que representa um declínio de 13% em relação ao resultado do ano anterior, confirmou a Boss, antecipando um impacto significativo do COVID-19 nas vendas e lucros de 2020.

O volume de negócios da cadeia alemã atingiu 2884 milhões de euros em 2019, mais 3,1% do que em 2018, com um crescimento de 3,8% na Europa e 7% na Ásia-Pacífico, enquanto que as receitas na América caíram 2%. As receitas da licença de Hugo Boss aumentaram 10 % em 2019 para 84 milhões.

O Conselho de Administração da empresa irá propor à Assembleia Geral de Accionistas a distribuição de um dividendo para 2019 de 2,75 euros por acção, contra os 2,70 euros do ano passado, equivalente a um pagamento de 93% do resultado líquido consolidado atribuído em 2019.

"Depois de um arranque muito bom até 2020, os nossos negócios na Ásia estão a ser significativamente afectados pela pandemia do coronavírus", disse Mark Langer, CEO da Hugo Boss.

A este respeito, a empresa têxtil prevê a curto prazo uma "perda significativa de vendas" na Ásia, após encerrados mais de metade dos 150 pontos de venda Hugo Boss na China continental, Hong Kong e Macau.

"A empresa também está a sofrer uma queda significativa nas vendas noutros mercados-chave", diz o CEO.

Apesar dos elevados níveis de incerteza, a Hugo Boss está confiante num regresso gradual à normalidade até meados do ano e prevê que as consequências económicas da pandemia terão um impacto significativo nas vendas e lucros em 2020, especialmente no primeiro trimestre.

Assim, a empresa prevê que as suas vendas crescerão em 2020 na faixa de 0 a 2%, sem contar com o efeito da taxa de câmbio, incluindo um declínio no volume de negócios na região Ásia-Pacífico, enquanto antevê um crescimento moderado na Europa e estabilidade no continente americano.