Por
UseFashion
Publicado em
27 de mai. de 2015
Tempo de leitura
4 Minutos
Download
Fazer download do artigo
Imprimir
Text size

Idealizador da Chilli Beans fala sobre sobre os caminhos da marca

Por
UseFashion
Publicado em
27 de mai. de 2015

O idealizador da brasileira Chilli Beans, Caito Maia, conta um pouco da trajetória da marca, da ideia ao sucesso no mercado doméstico, depois sua ida ao estrangeiro, Portugal, EUA...

Caito Maia, o idealizador da Chilli Beans. - Foto: DR


Em uma esclarecedora entrevista ao portal UseFashion, Maia fala sobre a trajetória da marca e questões que envolvem o crescimento da empresa, além das mais recentes ações, o Fashion Cruise e o lançamento de uma coleção durante o São Paulo Fashion Week, com direito a presença de Iggy Pop. Confere!

UseFashion: Sabemos que a marca iniciou seu caminho em 1997, primeiramente com um expositor no Mercado Mundo Mix, depois com outro na Galeria Ouro Fino e hoje já conta com mais de 600 pontos de venda no Brasil e no Exterior. Conta-nos um bocadinho sobre como tudo começou.

Caito Maia: Eu estudava música nos Estados Unidos e tinha que encontrar uma maneira de sobreviver por lá. Era na Califórnia, final dos anos 1980, e comecei a comprar os óculos, que por lá eram usados como acessórios de moda, para vender aos amigos brasileiros.

O negócio começou a crescer e, dos amigos para os amigos dos amigos, até começar a ter marca brasileira com desejo de comprar os meus óculos e revender. Primeiramente, tive uma operação de vesdas por grosso, até que percebi que o meu lugar no mercado era como marca, e desenvolvi a Chilli Beans, cujo primeiro ponto de venda foi no Mercado Mundo Mix.

UF: Como se deu a expansão da marca para o exterior? Qual é a projeção de expansão da marca para o ano de 2015, pensando no mercado brasileiro?

CM: Em 2005 abrimos o primeiro ponto fora do país, e isso surgiu por oportunidade mesmo! Um franchisado que propôs abrir a Chilli em Portugal. Na sequência, com um ponto em Lisboa, resolvemos também começar a operar em Los Angeles, o que poderia funcionar com uma vitrine para a marca, e assim começou. Vamos encerrar 2015 com mais de 700 pontos de venda, sendo quase 50 fora do País.

UF: A Chilli Beans ao longo de toda a sua trajetória já firmou parceria com nomes bem conhecidos como Herchovitch, Ronaldo Fraga, Lenny Kravitz e agora Swarovski que é o grande lançamento da temporada. Como surgem essas parcerias?

CM: Nós só firmamos parceria com quem quer também firmar parceria connosco, tem que haver uma sinergia, valores em comum. Para citar os teus exemplos: no caso de Ronaldo Fraga, sua logomarca é um óculos e ele é colecionador. O Alexandre começou comigo lá no Mercado Mundo Mix, crescemos juntos. Quanto ao Lenny, a música é o ADN da marca, especialmente o rock. Eu sou músico, sempre amei a música. O Lenny, além de música, tem uma empresa de design, a Kravitz Design. Por fim, a Swarovski podia criar connosco uma liga sensacional, entre o punk e o glam, daí surgir a coleção.

UF: Qual é o retorno que a marca tem em relação à venda de peças de coleções assinadas?

CM: De maneira geral, as coleções assinadas vendem bem, mas nossas coleções internas também. Temos, por exemplo, grandes casos de sucesso como a coleção Manto Sagrado, totalmente desenhada pela equipa de designers da Chilli Beans. Por outro lado, temos alguns produtos assinados, como os óculos de ouro by Herchcovitch, que foram um sucesso de vendas, até mesmo como relançamentos.

Flagship store Chilli Beans em São Paulo - Foto: DR


UF: Como é o processo de criação para manter o lançamento semanal de minicoleções? São coleções semestrais lançadas ao mercado semanalmente ou a equipa está em constante processo de criação e desenvolvimento, independente da temporada?

CM: A cada 45 dias, lançamos um tema. Começamos este ano com Arte Urbana e agora é Punk/Glam, Swarovski por Chilli Beans. As coleções semanais são formadas por produtos dos temas, bem como produtos clássicos, que sempre têm boas vendas, sem serem de uma coleção específica. Assim, lançamos 10 modelos de óculos de sol, 5 relógios e 3 armações de grau (na Linha Vista), com 3 a 4 variações de cores cada.

UF: Além dos óculos e relógios (que creio serem os produtos mais emblemáticos da marca) vocês possuem também uma coleção de bolsas e mochilas e diversos outros produtos, até mesmo guitarras no 'e-commerce'. Esses produtos são desenvolvidos também pela equipa de criação da marca, para que tenham a mesma identidade? De que forma a marca mantém essa gama de produtos?

CM: Com o tempo, o que aconteceu é que a Chilli conseguiu tornar-se um universo, que extrapolava a questão dos produtos (óculos e relógios), e começaram a surgir parceiros interessados em licenciar as peças. A criação é em parceria. As guitarras, por exemplo, são Chilli Beans + Tagima, as roupas interiores masculinas e meias são Chilli + Mash, as sandálias, Chilli + Ipanema, e assim por diante. Bolsas e cases, no entanto, são um caso à parte, são produtos by Chilli Beans, ou seja, criados pela nossa equipa.

UF: Na conferência do Chilli Beans Fashion Cruise tu comentaste também que as marcas que querem destacar-se no mercado atual devem dar atenção às pessoas, e percebeu-se claramente no evento a paixão e orgulho que os franchisados e suas equipas têm pela marca. Como tu descreverias o cliente Chilli Beans, quem é este consumidor?

CM: Os nossos clientes são pessoas que, evidentemente, gostam dos nossos produtos, variedade e preços, mas que se identificam também com esse nosso universo.

Temos muito clientes que se tornaram fãs da marca, e muitos clientes até mesmo adquiriram o pacote de viagem para desfrutar do Chilli Beans Fashion Cruise.

Fotos: Divulgação

Copyright © 2024 UseFashion. Todos os direitos reservados.