Ikea começa a vender carpetes feitas por refugiados sírios

Mais uma vez, a Ikea, gigante do varejo de decoração, móveis e produtos para casa, inova. Desta vez, ela não lançou nenhum novo comercial ou produto. É que a rede pretende vender a partir de 2019 tapetes feitos por refugiados sírios que vivem na Jordânia.

“A situação na Síria é a maior tragédia do nosso tempo, e a Jordânia pegou a responsabilidade de abrigar esses refugiados. Nós decidimos olhar para dentro da Ikea e ver como poderíamos ajudar”, afirmou Jesper Brodin, diretor da Ikea, à rede CNN.

A ideia é gerar 200 vagas de trabalho para refugiados sírios que foram acolhidos pela Jordânia, principalmente mulheres. A ideia, segundo disse a empresa, é trabalhar com organizações que atuam localmente com as mulheres sírias, para garantir que elas tenham horário flexível para cuidar das suas famílias.

A ideia da retalhista é vender os produtos feitos pelos refugiados localmente e em mercados que têm acordos de livre comércio com a Jordânia a partir de 2019 e em edições limitadas.

Assim como outras marcas, a Ikea foi uma das que se posicionou claramente contra a decisão do presidente norte-americano Donald Trump de impedir a entrada de refugiados sírios no país.

Em nota, a retalhista, que tem mais de 340 lojas em 28 países, incluindo Portugal, disse: “Nós apoiamos os direitos fundamentais das pessoas e não aceitamos qualquer forma de discriminação”.

“Qualquer proposta de discriminação contra certos grupos dos nossos consumidores e funcionários, ou que limite a nossa capacidade de atrair e reter talentos diversos é problemática”, disse Lars Petersson, presidente da Ikea, segundo a CNN.

Esta não é a primeira vez que a companhia se preocupa com essas questões. A empresa já doou mais de 30 milhões de euros para campos de refugiados. Além disso, criou, em 2013, abrigos pré-fabricados e fáceis de montar para refugiados na Síria.

Além disso, a companhia tem realizado campanhas de causa sobre o tema. Como esta e esta, que mostram peças publicitárias da marca que levaram luz renovável para os campos de refugiados.

Fonte: Portal NOVAREJO