Inditex apoia-se na produção de proximidade para evitar crise de aprovisionamento
A crise de aprovisionamento que afeta a indústria global atinge também o setor da moda, que vê o aumento nos custos das matérias-primas e do frete marítimo e a queda da produção na China, devido à subida dos preços da luz e da mão de obra, prejudicarem o seu negócio. Mas, neste contexto, a Inditex está em vantagem sobre as suas rivais graças ao seu compromisso com a produção de proximidade.

A gigante têxtil galega concentra 60% da sua produção em Espanha, Portugal, Marrocos e Turquia, conforme indica o jornal económico Expansión. Enquanto grupos como H&M ou Gap produzem 60% e 70%, respetivamente, dos seus artigos na Ásia, a dependência da empresa espanhola do mercado asiático é menor nesse sentido.
Além disso, a Inditex aposta num modelo de “ciclo curto” com pequenas tiragens fabricadas nas proximidades para responder rapidamente às exigências do mercado, reduzir o seu stock e, consequentemente, a necessidade de aplicar promoções.
Embora a crise global de aprovisionamento possa afetar o grupo galego, uma vez que localiza a produção de alguns artigos básicos na Ásia, o impacto é menor do que noutras empresas do setor.
Em termos globais, China e Sudeste Asiático concentram 70% da produção têxtil mundial, segundo o jornal espanhol, que acrescenta, citando uma reportagem do banco de investimentos Jefferies, que o conglomerado fundado por Amancio Ortega está a adaptar-se "muito bem" à “pressão inflacionária sobre os custos”.
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