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14 de set. de 2016
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Indústria de materiais criativos: Première Vision revela seu 1º barómetro

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14 de set. de 2016

O encontro do têxtil e do couro, Première Vision, revela seu primeiro Barómetro da Indústria de Materiais Criativos. Uma pesquisa conduzida com expositores de têxtil e couro do salão, que mostra o bom desempenho desses últimos em relação ao mercado mundial.

Première Vision


Assim, os dois barómetros comparam a evolução dos volumes de produção em 2015 dos expositores do Première Vision com evoluções de produção constatadas nos setores têxtil e couro por meio do índice Unido, publicado pela Organização das Nações Unidas.
 
Parece que, no ano passado, as quantidades produzidas pelos expositores têxteis da Première Vision avançaram 2,1%, próximo dos +2,8% constatados pela Textile World Production. Em relação às economias emergentes, os expositores dizem ter alcançado um avanço de 9,8% contra 4,2%. No que diz respeito às economias maduras, os expositores exibem um avanço de 1,6%, contra -1,1% na totalidade do mercado. E, se os expositores asiáticos exibem alta de 5,9%, os Europeus conheceram uma queda de 2,8%.

"No entanto, é preciso relativizar este número, pois, em termos de volumes de negócios, na zona euro, os volumes de negócios encontram-se estáveis", destaca Gilles Lasbordes, diretor-geral da Première Vision Paris. "Isso quer dizer que, se eles perdem em volume de produção, mas mantêm seus números, é que houve uma mescla de produto mais favorável e as empresas conseguiram melhorar seus preços em detrimento do volume".
 
Quando ao segmento do couro, os expositores do Première Vision Leather reforçaram sua produção em 3,9%, contra somente 0,9% no conjunto do mercado. Os produtores de couro dos países emergentes não estão representados no salão, mas a tendência é, para eles, de uma alta de 2,9% da produção. Por outro lado, os números revelam uma grande diferença em relação às economias maduras, onde os expositores da Première Vision conheceram ano passado um crescimento de 3,9%, aí onde o mercado mundial caía 4,3%.
 
"Para o couro, a matéria-prima é responsável por grande parte do preço de venda, pois o valor agregado é bem inferior em relação ao processo do têxtil, que encadeia muitas etapas. O que faz com que o custo da matéria-prima seja menos importante", lembra Gilles Lasbordes. "Como o curso do conjunto das peles caiu muito neste mesmo período, inevitavelmente isso afeta o volume de negócios".

Première Vision


No entanto, a zona do euro consegue limitar o impacto da sua queda de produção em volume (-2,8%), uma vez convertida em volume de negócios (-1%). Os expositores das economias maduras da Ásia conseguiram também manter seu volume de negócios (-0,8% em dólares), aí onde os expositores dos países emergentes avançam (+17,1% em dólares).
 
"Esses números confirmam que, tanto no têxtil como no couro, há um verdadeiro prémio ao valor agregado nos materiais, o que explica que as produções dos nossos expositores crescem mais rápido que aquela dos seus mercados", conclui Gilles Lasbordes. "São resultados muito encorajadores, num ano marcado por um ambiente de consumo globalmente ruim", avalia o diretor-geral, que também discute o futuro deste barómetro.
 
"Além de discutir a saúde das tecelagens e dos curtumes, se partimos do princípio que elas representam seus mercados respetivos, isso pode nos dar boas indicações da saúde de seus clientes. O que, acrescido a outros dados, poderia ser esclarecedor sobre a atividade das empresas de moda nas temporadas futuras. E a questão que se coloca é de se abrir a outras tipologias de produto para completar esta análise", considera Gilles Lasbordes.

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