Interparfums estima faturação de 500 milhões de euros em 2020
O grupo Interparfums, que gere fragrâncias de marcas como Montblanc, Jimmy Choo e Coach, entre outras, apresentou na quinta-feira (21) as suas projeções financeiras para 2020, que incluem uma meta de faturação de 500 milhões de euros. Este número representa um aumento de 4,2% em relação a 2019, ano que deveria atingir 480 milhões de euros em vendas, o que pode não ser alcançado, segundo o grupo.

Apesar dos analistas estimarem um crescimento de 10%, Philippe Benacin, CEO da Interparfums, mostrou cautela. "Os mercados não estão bons há seis meses. Há a situação em Hong Kong, por exemplo, que afeta o trabalho do nosso parceiro chinês e, mesmo na América do Sul, Argentina e Brasil, a situação está complicada”, declarou Benacin.
Por outro lado, o ranking do seu portefólio de marcas não deve mudar. Assim como em 2019, a Montblanc continuará a ser a líder do grupo, com vendas de 138 milhões de euros. A falta de crescimento significativo devido a uma base de comparação desfavorável desde 2019 foi marcada pelo lançamento do novo perfume Explorer, que no ano atual gerou uma faturação de 40 milhões de euros.
Em 2020, os perfumes Jimmy Choo devem responder por um crescimento de 4%, para 107 milhões de euros, apoiado pelo lançamento da linha de batons e vernizes prevista para o primeiro semestre.
Terceira colocada no ranking, a Coach espera que em 2020 as vendas atinjam 97 milhões de euros, um aumento de 15%. Para a marca americana, o ano de 2020 será marcado pela criação de uma nova linha feminina, chamada Coach Dreams.
A Kate Spade, com quem a Interparfums assinou um contrato de licenciamento global de 11 anos em junho, verá a sua primeira linha de perfumes femininos ser lançada no verão de 2020 e deve gerar inicialmente 6 milhões de euros.
Por outro lado, a Lanvin deve registar novamente uma queda nas vendas. Em 2019, as vendas de fragrâncias da marca diminuíram 7,2% para 55 milhões de euros e devem chegar a 50 milhões de euros em 2020. "O nosso objetivo com a Lanvin é manter as linhas existentes. Para começar uma nova história, seria necessário saber o que acontecerá ao lado da marca", diz Philippe Benacin, que também estima que essa licença tenha atingido o topo da montanha "com os seus 64 e 60 milhões euros alcançados em 2014 e 2018, respetivamente".
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