Interparfums: lucros aumentam 80% e perspetivas melhoram para 2021
A fabricante internacional de perfumes Inter Parfums, Inc. (Interparfums) anunciou na segunda-feira um lucro líquido de 14,7 milhões de dólares (12,2 milhões de euros) no quarto trimestre, um aumento de 80% em relação aos 8,2 milhões de dólares (6,81 milhões de euros) registados no mesmo período do ano anterior. O lucro por ação diluída foi de 0,47 dólares, em comparação com 0,26 dólares. À luz deste desenvolvimento, a empresa também elevou as suas perspetivas financeiras para 2021.

Conforme informado anteriormente, as vendas líquidas da Interparfums totalizaram 184 milhões de dólares (152,72 milhões de euros) no quarto trimestre, encerrado a 31 de dezembro de 2020, um aumento de 3,5% em relação aos177,8 milhões de dólares (147,58 milhões de euros) do mesmo período do ano anterior.
As operações europeias da empresa registaram um aumento de 8,1% na receita em relação ao ano anterior, de 129,1 milhões (107,15 milhões de euros) para 139,6 milhões de dólares (115,87 milhões de euros), enquanto as operações com origem nos Estados Unidos registaram uma redução de 8,8% nas vendas, totalizando 44,4 milhões de dólares (36,85 milhões de euros).
As fragrâncias da marca Anna Sui, em particular, alcançaram um forte crescimento de 62,3% nas vendas, em parte graças às vendas preliminares do Anna Sui “Sky”, um dos poucos novos lançamentos realizados em 2020 pela Interparfums, que adiou uma série de lançamentos programados devido à Covid-19.
As marcas Montblanc, Jimmy Choo e Coach também registaram um progresso sólido, apresentando aumentos de receita de 9,8%, 13,4% e 18%, respetivamente.
Jean Madar, presidente e CEO da Interparfums, comentou em comunicado: "Conforme informámos em janeiro, encerrámos o ano com um quarto trimestre surpreendentemente forte, na verdade o nosso melhor quarto trimestre em termos de vendas."
As vendas líquidas anuais da Interparfums foram de 539 milhões de dólares (447,38 milhões de euros) em 2020, uma queda de 24,5% em relação aos 713,5 milhões de dólares (592,21 milhões de euros) de 2019. Em moeda constante, o declínio foi de 25,6%.
A queda na receita refletiu o impacto negativo da pandemia de Covid-19, que levou a quedas nas operações globais da Interparfums. As maiores quedas ocorreram em dois dos mercados mais pequenos da empresa, o Médio Oriente, que registou uma queda de 35,5% na receita, e a Europa de Leste, que registou uma queda de 40%.
Os maiores mercados do grupo, a América do Norte e a Europa Ocidental, registaram quedas ligeiramente menos severas de 17,8% e 20,7%, respetivamente.
O lucro líquido anual foi de 38,2 milhões de dólares (31,71 milhões de euros), 36,6% abaixo dos 60,2 milhões (49,97 milhões de euros) do ano anterior, enquanto o lucro por ação desceu dos 1,90 dólares e atingiu 1,21 dólares.
Ao rever as novas iniciativas empreendidas pela Interparfums ao longo do ano, Madar destacou a nova licença da empresa com a marca de luxo italiana Moncler. O primeiro lançamento de fragrância da marca está previsto para o primeiro trimestre de 2022.
O CEO destacou também a aquisição, por parte da empresa, de 25% da Divabox SAS, proprietária da plataforma de e-commerce de beleza Orgines-parfums, uma medida que visa ajudar a acelerar o desenvolvimento digital da Interparfums.
Olhando para o futuro, a nova orientação financeira da empresa para 2021 prevê vendas líquidas anuais entre 650 milhões e 660 milhões de dólares (539,51 milhões a 547,81 milhões de euros). O lucro líquido diluído por ação deverá situar-se na faixa de 1,40 a 1,45 dólares.
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