Investigadores destacam os desafios para encontrar roupas adaptadas a pessoas com necessidades especiais

Um grupo de investigadores da Universidade de Missouri identificou dois grandes desafios para os consumidores de roupas adaptadas a pessoas com necessidades especiais. O estudo, publicado no início deste ano, usou comentários online para saber a opinião dos consumidores deste tipo de roupa. A maioria dos clientes afirma que a oferta de produtos é inadequada e não atende às suas necessidades específicas, enquanto que o acesso aos poucos produtos adaptados permanece limitado.

"Ao projetar roupas para pessoas com necessidades especiais, é importante considerar a funcionalidade, bem como moda, estilo e expressão pessoal", diz Li Zhao, professor associado do departamento de Gestão Têxtil e de Confecção da Universidade de Missouri. "Cada uma das pessoas que confiam nessas roupas tem necessidades únicas, então o seu feedback tem um valor incalculável", ressaltou.

O professor Zhao e a sua equipa de investigadores extraíram o feedback dos clientes de três empresas – Amazon, Silverts e IZ-Adaptive – que fabricam roupas adaptáveis, desde itens sofisticados até roupas mais casual. Usando análise de posicionamento (processo de identificação de produtos intimamente relacionados), modelagem de temas e análise de opiniões, os investigadores descobriram que, em média, os compradores desses itens (incluindo pessoas com necessidades especiais, cuidadores, amigos e familiares) consideram que os portais são hostis e carecem de recursos de acessibilidade.

Além disso, a tendência geral das análises de consumidores indica que essas roupas são limitadas em termos de design, funcionalidade e estética.

Este estudo teve como objetivo preencher uma lacuna nas pesquisas existentes sobre o assunto. Vários estudos rastreiam as experiências dos clientes com roupas adaptadas, levando em consideração as deficiências na colocação de fechos de correr, botões, passamanaria ou até mesmo na escolha de materiais.

A Universidade de Missouri quis ir mais além e também estudar como os clientes se comportam em ambientes de comércio eletrónico que oferecem essas roupas. Na verdade, o professor Zhao e a sua equipa formularam diretrizes úteis para ajudar os retalhistas a projetar e vender produtos adequados para pessoas com vários tipos de deficiência.

Neste estudo, os investigadores sugerem, por exemplo, que os retalhistas procurem entender melhor as necessidades das pessoas para as quais confeccionam roupas adaptadas. Por exemplo, desenvolver um site mais acessível e fácil de usar, que diferencie roupas de acordo com categorias e/ou características. Além disso, este estudo ilustra a necessidade de os retalhistas desenvolverem uma tecnologia mais avançada para levar em conta o tamanho, tecido, estilo, cor, ajuste e função de cada peça, acrescentou o comunicado.

"É essencial considerar todos os aspectos do seu web design ou dia-a-dia do cliente e pensar em como se pode pensar de forma diferente para incluir esse grupo de consumidores", disse Zhao. "Acredito que isso é algo que todos queremos ver no futuro com base no feedback dos clientes", concluiu.

(com Fibre2fashion)

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