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Helena OSORIO
Publicado em
8 de mai. de 2020
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J.C. Penney e Sephora reajustam-se

Traduzido por
Helena OSORIO
Publicado em
8 de mai. de 2020

Após uma discussão jurídica que viu a Plano, a operadora de lojas de departamento J.C. Penney, acusar a retalhista de beleza francesa Sephora de tentar desistir de um contrato de longo prazo, as duas empresas reafirmaram a parceria.

O desastre começou no início desta semana, quando a J.C. Penney apresentou uma ordem de restrição temporária contra a Sephora, acusando a retalhista de cosméticos, com base em Paris, de tentar ganhar "alavancagem negociadora", ameaçando não reabrir as mais de 600 lojas que opera nas localidades da cadeia de lojas de departamento, quando estas começam a abrir as portas online com o afrouxamento das restrições do novo coronavírus em alguns estados dos EUA e países da Europa.


Instagram: @sephora


Desta forma, J.C. Penney alegou que o objetivo final da Sephora era alterar o contrato das empresas, que começou em 2009 e aparentemente deveria continuar por "vários anos", antecipando a data de rescisão para abril de 2021.
 
A Sephora rapidamente rebateu com uma moção para dissolver o contrato, chamando as acusações de J.C. Penney de "narrativa fantasiosa e unilateral" e alegando que as duas empresas estavam realmente envolvidas em "discussões de boa fé", por algumas semanas, após relatos de um possível pedido de falência da retalhista da loja de departamento.

Quinta-feira (7 de abril), as duas empresas disseram que tinham resolvido o conflito, tendo acordado em alterações não especificadas a serem feitas à sua parceria.
 
"Ambas as empresas trabalharam construtivamente para resolver questões legais pendentes e concordaram em fazer revisões mutuamente benéficas ao seu acordo de operação de joint enterprise", disse a J.C. Penney num comunicado.
 
"A J.C.Penney e Sephora trabalharam juntas, nos últimos 14 anos, para servir os nossos clientes e serem relevantes num cenário de retalho em evolução", continuou a empresa. "A emenda de hoje permanece consistente com este objetivo compartilhado e as empresas comprometeram-se em continuar a expandir e inovar as ofertas da SiJCP, a fim de entregar a experiência de beleza que os clientes esperam no futuro".
 
A J.C. Penney, que já estava a lutar com a queda das vendas e uma carga de dívida de US$ 4 biliões, antes do início da pandemia de COVID-19, fechou temporariamente cerca de 850 lojas em todos os EUA em meados de março, de acordo com as diretrizes do governo.
 
Sete dos locais da rede no Texas já reabriram com horário de abertura reduzido, enquanto outros quatro estão a operar através de coleta na calçada.


Sephora fecha lojas físicas e aposta no online - Instagram @sephoraportugal


As lojas Sephora também se mantêm fechadas em Portugal, com a seguinte justificativa, publicada no site: "Por enquanto, o governo solicitou o encerramento das lojas não essenciais. A situação no país continua a evoluir todos os dias, mas a nossa prioridade continua a ser a segurança de todos. Esperamos poder reabrir (…) em breve!"

Portugal encontra-se em estado de calamidade e em desconfinamento, desde segunda-feira (4 de maio), estando as lojas e outros estabelecimentos comerciais a reabrir gradualmente, assegurando as medidas sanitárias impostas. E, não obstante, o número de infetados e mortos continuar a subir, está longe daqueles de outros países da Europa e da América, como o Brasil e EUA.

Sexta-feira (8 de maio), Portugal regista 533 novos casos em 24 horas (num total de 27.268) e mais nove mortos (num total de 1.114 vítimas mortais). Os números nunca deixaram de subir ou estacionar, na primeira semana de maio, como podemos comparar com os de segunda-feira (4), onde se registaram 25.524 infetados (mais 242 do que no domingo) e 1.063 óbitos (mais 20).
 

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