
Helena OSORIO
19 de out. de 2022
Japonesa Epson aposta em dois projetos no sector têxtil e na educação em Portugal

Helena OSORIO
19 de out. de 2022
A fabricante japonesa quer reduzir o impacto ambiental, reutilizar plásticos, usar projeção a laser nas escolas e até arriscar a fazer tecidos, inovando assim com dois projetos em Portugal, o B-SEArcular e o EDU2030. Projetos, esses, que já se iniciaram em Espanha há cerca de três anos, pretendendo entrar agora em força no mercado português para fazer a diferença na moda e na educação.

A Epson é uma das maiores empresas fabricantes de impressoras, scanners, computadores, projetores e outros produtos, que luta diariamente para minimizar o impacto ambiental. Fundada em 1942, começou por ser uma fábrica de relógios. Segundo o seu CEO, Yasunori Ogawa, a empresa acaba de fazer um investimento na área da sustentabilidade a nível mundial de cerca de 700 milhões de euros (100 mil milhões de ienes).
O projeto B-SEArcular, em fase inicial, tem por objetivo reutilizar os plásticos para a produção de tecidos, pretendendo "reduzir o impacto ambiental, reforçando a ideia de reutilização de materiais, com foco no sector da moda", explica Ogawa ao Dinheiro Vivo.
O programa dividido em três fases visa influenciar as formações neste sector das novas gerações e reforçar a tecnologia na área da moda, sendo a primeira a "recolha e reutilização de plásticos que poluem o oceano", acrescenta, adiantando que o passo seguinte é o "fabrico de tecidos a partir do próprio plástico" e, por fim, "desafiar jovens talentos a criarem peças de moda".
"As nossas impressoras têxteis usam uma técnica menos invasiva e mais sustentável para o meio ambiente: a sublimação. Os equipamentos de impressão têxtil a jato de tinta poupam 80% de energia, consomem 60% menos água e reduzem a produção de resíduos", sublinha ainda o CEO da Epson.
O segundo projeto EDU2030 foca a educação nas escolas (desde o ensino primário ao secundário), contribuindo para a transformação digital, sustentabilidade das escolas e redução da pegada ambiental, com a aposta na projeção a laser.
"Em Portugal, são já 20 mil os projetores", conclui Yasunori Ogawa. "Se calcularmos que passam por cada sala de aula uma média de 26 alunos por ano, podemos dizer que chegamos a mais de meio milhão de estudantes".
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