Japonesa Teijin Frontier revela novo processo de reciclagem para o poliéster
O grupo industrial têxtil Teijin Frontier apresentou no dia 24 de maio uma nova tecnologia que permite reciclar fibras de poliéster coloridas sem reduzir a sua qualidade. Compondo 52% da produção mundial de fibras, a oferta de poliéster é atualmente composta por apenas 15% de poliéster reciclado. Entre as limitações está a coloração dos materiais a serem transformados, um elemento que, por enquanto, reduz a qualidade das fibras obtidas.

Foi este o desafio assumido pela Teijin Frontier através de um novo sistema de catalisador de despolimerização (ou BHET). Este torna possível decompor e depois recompor a matéria, mas através de um processo que consume menos água e energia do que os processos habituais.
A Teijin Frontier pretende fazer deste novo processo uma alternativa à utilização de dimetil tereftalato (DMT) e etilenoglicol, que atualmente são utilizados de forma corrente na indústria para transformar o poliéster usado em fibra reutilizável. Comparado com o derretimento de produtos plásticos, principalmente para a produção de garrafas, o uso do DMT já oferecia menor degradação da matéria-prima.
Os catalisadores BHET existentes já haviam comprovado a sua eficácia para aperfeiçoar ainda mais o processo, eliminando a necessidade de DMT entre as fases de despolimerização e repolimerização. No entanto, a qualidade do poliéster produzido ainda era limitada pela presença de materiais parasitas, como corantes e fixadores. Problema que o novo catalisador Teijin Frontier já terá resolvido.
O grupo japonês anuncia que o processo será agora objeto de uma instalação piloto, que será implantada no seu parque industrial em Matsuyama, cidade localizada no sudeste do arquipélago. O projeto está a ser realizado no âmbito da iniciativa ambiental Think Eco lançada pelo grupo têxtil, que aposta na transição da sua produção para uma gama de materiais sustentáveis.

A Teijin Frontier registou um volume de negócios de 6,83 mil milhões de euros (926 mil milhões de ienes) no seu exercício de 2021, um aumento anual de 10,7%. A empresa é especializada na venda e importação-exportação de fios, tecidos, materiais técnicos e artigos de vestuário, além de fornecer fibras e têxteis para as indústrias de mobiliário, automóvel e construção. Face ao aumento do custo dos materiais, a estrutura aponta para com um volume de negócios de 7,4 mil milhões de euros (1 bilião de ienes) para 2022, o que representaria um crescimento reduzido para 8%.
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