Por
AFP
Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
21 de fev. de 2022
Tempo de leitura
2 Minutos
Download
Fazer download do artigo
Imprimir
Text size

Jean-Luc Brunel: ex-agente de modelos próximo de Jeffrey Epstein foi encontrado morto na cadeia

Por
AFP
Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
21 de fev. de 2022

O ex-agente de modelos Jean-Luc Brunel, próximo do falecido bilionário americano Jeffrey Epstein, foi encontrado enforcado na noite de sexta-feira (18 de fevereiro) na sua cela na Prisión de La Santé, em Paris, informou uma fonte familiarizada com o assunto.


Jean-Luc Brunel no início dos anos 2000 (perfil do Myspace) - MYSPACE


A promotoria de Paris confirmou que Brunel foi encontrado morto e disse que abriu uma investigação para apurar as causas da morte, confiada ao 3.º distrito da Polícia Judiciária.

Acusado de estupro por várias ex-top models, o que sempre negou, o septuagenário havia sido indiciado no final de junho de 2021 por “estupro de menor de 15 anos”. Já havia sido denunciado em dezembro de 2020 por “estupro de menor de 15 anos” e “assédio sexual”.

Brunel também estava na posição intermediária de testemunha assistida por "tráfico agravado de seres humanos em detrimento de vítimas menores para fins de exploração sexual”. A sua morte significa a extinção da ação pública neste caso, a menos que outras pessoas estejam implicadas.

O seu nome foi citado numa investigação nos Estados Unidos sobre o escândalo sexual, envolvendo Jeffrey Epstein, também encontrado morto por enforcamento na sua cela em agosto de 2019.

Jean-Luc Brunel foi detido em dezembro de 2020 no aeroporto Charles-de-Gaulle quando estava prestes a entrar num voo para Dakar e foi preso após a acusação.

Brunel foi solto sob supervisão judicial por alguns dias em novembro do ano passado, antes de ser preso novamente por decisão da câmara de instrução do Tribunal de Apelação de Paris. Brunel havia pedido recurso contra essa sentença.

O milionário Epstein foi acusado em julho de 2019 nos Estados Unidos por ter organizado, entre 2002 e 2005, uma rede de jovens que teria explorado sexualmente. A promotoria de Paris, alertada para a possível existência de menores francesas entre as vítimas de Epstein, abriu uma investigação preliminar em agosto de 2019. 

Dois meses depois, foi apresentada uma queixa contra Brunel por atos de “assédio sexual” não prescritos, com várias acusações contra ele. Segundo as fontes concordantes, o Office Central pour la Répression des Violences aux Personnes (OCRVP), encarregado da investigação, havia realizado mais de 500 audiências.
 

Copyright © AFP. Todos os direitos reservados. A Reedição ou a retransmissão dos conteúdos desta página está expressamente proibida sem a aprovação escrita da AFP.