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Novello Dariella
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25 de set. de 2017
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Jil Sander apresenta um novo minimalismo poético na Semana de Moda de Milão

Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
25 de set. de 2017

Milão teve duas estreias importantes neste fim de semana. Uma delas foi a Jil Sander, onde o casal de estilistas suíço-canadianos Luke e Lucie Meier apresentou as primeiras ideias concebidas para a marca. A sua interpretação: minimalismo poético com um toque de assimetria.


Jil Sander - primavera-verão 2018 - Moda feminina - Milão - © PixelFormula


O primeiro passo inteligente de Luke e Lucie foi mudar o local do desfile do showroom da empresa em Milão para uma magnífica passagem aberta de 100 metros, parte de um enorme complexo projetado por Zaha Hadid, uma enorme caixa branca alongada sob um pôr do sol enevoado.

O desfile abriu com uma série de vestidos de algodão branco até o chão, e os Meier concentraram-se em formas puras, como pregas e plissados. No correr do desfile, introduziram mais tecidos técnicos, incluindo materiais resistentes em nylon. A roupa leve contrastava com os detalhes em couro nos ombros, cintos e mini-coletes.

O desfile esteve repleto de peças monocromáticas, com exceção do final, com longas blusas em cashmere, grandes e soltas, em cores abstratas e vibrantes. O desfile misto teve homens em casacos azul oceano, fatos e camisas elegantes.

A voz poética de Nina Simone a cantar "Be My Husband" abriu o desfile num clima espiritual, com o elenco de 60 modelos a andar solenemente pela longa passarela.

Para uma marca conceituada, Sander teve uma história complicada desde que sua fundadora Heidemarie Jiline Sander se reformou em 2005, quase 40 anos depois de fundar a marca em Hamburgo. Após ser comprada pelo Grupo Prada, a marca terminou no portfólio da Onward Luxury. Durante algum tempo, sob a liderança de Raf Simons, foi aclamada pelos críticos, mas depois ficou à deriva. Os Meier substituíram Rodolfo Paglialunga, que transformou a Jill Sander numa marca italiana de roupas desportivas. A nova dupla reafirmou a visão de Sander, mas com um toque jovem.

"Quando a maioria das pessoas pensam em Sander, usam a palavra minimalismo e acham que a marca é muito fria. Mas quanto mais olhamos para a Sander, mais vemos algo muito mais emocional, muito feminino e leve. Tudo, numa oposição tão forte à sua adaptação poderosa. Estas duas coisas juntas são o que queremos", começou Luke antes que Lucie terminasse a frase.
 
Lucie, juntamente com Serge Ruffieux, desempenhou o papel de designer substituta na Dior, entre a saída de Raf Simons e a entrada de Maria Grazia Chiuri. Lucie e Serge Ruffieux fizeram um trabalho tão bom que ambos conquistaram novas posições importantes imediatamente. Ruffieux faz sua estreia na Carven na semana que vem. Os Meiers tiveram um bom começo. Agora vamos ver o que Ruffieux vai fazer.
 

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