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Europa Press
Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
6 de abr. de 2023
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Johnson & Johnson propõe acordo de 8,9 mil milhões para resolver processos sobre o seu pó de talco

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Europa Press
Traduzido por
Estela Ataíde
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6 de abr. de 2023

A multinacional americana Johnson & Johnson (J&J) propôs fazer um pagamento de 8,9 mil milhões de dólares (8,15 mil milhões de euros) para resolver todos os processos judiciais presentes e futuros pela suposta relação entre o cancro e os seus pós de talco para bebés, segundo anunciou a  empresa.


Johnson & Johnson - Reuters


Nesse sentido, a LTL Management (LTL), filial da J&J criada para concentrar os processos, voltou a solicitar a proteção voluntária do Capítulo 11 [da lei de falências dos Estados Unidos] para obter a aprovação de um plano de recuperação que procurará resolver "de forma equitativa e eficiente” todas as reclamações contra a multinacional pelos litígios sobre o talco.
 
Desta forma, a empresa comprometeu-se a contribuir com um valor de 8,9 mil milhões de dólares, a pagar em 25 anos, para liquidar todas as reclamações sobre o talco, "atuais e futuras", o que representa um acréscimo face aos 2 mil milhões de dólares (1,83 mil milhões de euros) da proposta anterior levantada na declaração inicial de falência da LTL em outubro de 2021.

"A LTL obteve compromissos de mais de 60 mil requerentes existentes para apoiar uma resolução global nestes termos", anunciou a J&J.
 
De qualquer forma, a multinacional enfatizou que nem o pedido original da LTL nem este novo registo são uma admissão de irregularidades, nem uma indicação de que a empresa mudou a sua posição de que os seus produtos de pó de talco são seguros.
 
"A empresa continua a acreditar que estas alegações são enganosas e carecem de mérito científico", disse Erik Haas, vice-presidente de litígios mundiais da Johnson & Johnson.
 
No entanto, o representante da multinacional indicou que, conforme reconhecido pelo Tribunal de Falências, resolver estes casos judicialmente levaria décadas e imporia custos significativos à LTL e ao sistema, enquanto a maioria dos queixosos nunca receberia qualquer indemnização.
 
"Resolver esta questão através do plano de recuperação proposto é mais equitativo e mais eficiente, permitindo que os queixosos sejam compensados de forma oportuna", acrescentou.

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