JOOM da Letónia troca Riga por Lisboa

O mobile marketplace global JOOM informa que, no mês de março, vai mudar a sua sede em Riga, na Letónia, para Lisboa. Uma deslocalização que implica a mudança de 100 pessoas, sendo ainda a intenção do grupo trazer para Lisboa cerca de 200 pessoas até ao final do ano.

Segundo Ilya Shirokov, presidente e cofundador do JOOM, em entrevista à ECO Pessoas: “Nos próximos 10 anos planeamos investir mais de 200 milhões de euros”, reforça. O escritório de Lisboa passará a funcionar assim como sede do grupo internacional de empresas de e-commerce e fintech, propriedade do marketplace global Joom e do Onfy ou da fintech Joompay.

“Dentro dos próximos 10 anos, planeamos investir mais de 200 milhões de euros na economia local”, diz ainda Ilya Shirokov, a propósito dos planos de investimento do JOOM no mercado português.

“A nossa decisão de mudar para Lisboa foi puramente empresarial. Mas, obviamente, a guerra na Ucrânia forçou-nos a tomar esta decisão mais cedo do que tínhamos planeado”, informa, acrescentando: “Estive em Lisboa várias vezes e encontrei-me com muitos empresários estrangeiros. E tornou-se óbvio para mim que as autoridades locais estão interessadas em desenvolver a indústria de TI [Tecnologias da Informação] em Lisboa, o que é, sem dúvida, uma das razões fundamentais que nos levou a decidir mudar para Lisboa”, reforça.

Com escritórios na China, Hong Kong, EUA, Alemanha e Luxemburgo e cerca de 500 trabalhadores, o JOOM pretende continuar a expandir os seus negócios “para quase todas as partes do mundo”, revelando que brevemente vai abrir um escritório no Japão.

A guerra de invasão da Rússia à Ucrânia levou o JOOM a mudar de estratégia, anunciando a intenção de vender o negócio na Rússia, a meados de dezembro passado.

"Fundámos o JOOM em 2016 e, desde o início, a nossa sede está localizada em Riga, na Letónia. No começo, trabalhámos principalmente com vendedores chineses. Depois, o negócio cresceu, o JOOM tornou-se mais reconhecido a nível mundial e tivemos mais clientes europeus, tanto vendedores como compradores" explica ainda à ECO Pessoas, salientando que, no final de 2022, o Gross Merchandise Value (GMV) dos vendedores europeus cresceu 89%, destacando-se a Alemanha onde o GMV cresceu 18 vezes; Portugal, 11; e Espanha, 2,5.

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