Kenzo celebra uma despedida brilhante ao som de Solange

O desfile da Kenzo, realizado no domingo (23) em Paris marcou o fim do reinado de Carol Lim e Humberto Leon na direção criativa da marca japonesa. Cerca de 5 mil pessoas foram à Bercy, a sala de concertos onde artistas como U2 e Bruce Springsteen já se apresentaram. De um lado, 500 jornalistas e compradores diante de uma gigantesca cortina de couraçados e formações rochosas que subitamente subiram em direção ao teto, expondo o resto do público do lado oposto, provocando uma surpresa coletiva.

É possível que Carol Lim e Humberto Leon tenham a reputação de criar desfiles mais estimulantes do que as suas coleções, mas há famas piores. Acontece que a sua última coleção foi uma declaração de moda extremamente direta, um lembrete oportuno de que, quando se trata de detectar tendências, poucos designers conseguem superá-los.

Para os homens, o sportswear color block com misturas de algodão, tecido de t-shirt e tecidos técnicos, com sapatos a combinar. As calças ikat e casacos judogi também surgiram na passarela.

Um desfile foi dividido em duas partes. A segunda exclusivamente para mulher, com botas elegantes até às coxas, em cetim macio ou neopreno. Estas foram combinadas com calças-cargo curtas e t-shirts técnicas com fibras de metal ou camisas com folhos de flamenco. E, numa temporada de pérolas, centenas delas foram bordadas em vários looks, inspirados nas mergulhadoras japonesas Ama. Para a noite, modelos com extensões de cabelo de um metro e meio usaram grandes vestidos literários incrustados com pérolas.

A apresentação foi acompanhada por uma brilhante performance a solo de Solange, que posteriormente se uniu a onze brilhantes músicos de jazz.

“Foi ótimo e, quem sabe, talvez voltemos mais cedo do que imaginam", sorriu Leon, que irá para Nova Iorque para se concentrar na sua famosa rede de lojas Opening Ceremony. Parece um ótimo terceiro ato.

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