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Novello Dariella
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1 de ago. de 2017
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Kering e sua vedete, Gucci

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Novello Dariella
Publicado em
1 de ago. de 2017

A Gucci tem sido o assunto do momento na Kering, depois dos brilhantes resultados obtidos pelo grupo francês de luxo no primeiro semestre, divulgados na semana passada, a maior parte deles atribuídos à marca italiana.
 

O diretor-geral do grupo Kering, Jean-François Palus, afirmou que a Kering Eyewear é "um excelente exemplo" da capacidade do grupo em aproveitar o crescimento orgânico. Foto: - Gucci


"Não acredito que haja muitas organizações do nosso tamanho que poderiam aumentar as receitas em mais de um bilhão de euros em plataformas que não tiveram muita expansão", argumentou o diretor-geral do grupo Kering, Jean-François Palus. "O desempenho espetacular da Gucci é incomparável em nossa indústria".
 
Em um evento somente para convidados, na noite de quinta-feira (27), Jean-François Palus falou sobre o crescimento das receitas do grupo. O executivo ressaltou que a Kering não tem planos para novas aquisições "no médio prazo" e vai se concentrar em extrair o potencial máximos dos ativos existentes.

A Kering, uma empresa cotada em bolsa, é controlada pela bilionária família francesa Pinault, e obteve um aumento de 28,2% nas receitas do grupo para 7.296 bilhões de euros. A marca italiana Gucci, que é controlada pelo Kering viu suas receitas subirem 45%, para 2.832 bilhões de euros, lideradas por aumentos no varejo e atacado.
 
76% do aumento das receitas de luxo da Kering foram provenientes da Gucci, onde consumidores do mundo todo lotaram as lojas para adquirir as novas peças assinadas por Alessandro Michele, que assumiu o comando da direção criativa da casa em janeiro de 2015.

A Gucci está ocupada remodelando sua rede de lojas. Até agora, 109 já foram renovadas sob a direção de Michele, e mais 40 devem ser atualizadas até o final do ano.
 
A marca italiana, originária de Florença, também têm investido no online. Ela assinou um acordo para garantir entregas em apenas 90 minutos nas principais cidades com a ajuda da multimarcas online, Farfetch, e abriu um novo site de comércio eletrônico na China continental, resultando no aumento de 52% nas vendas online do primeiro semestre."É uma abordagem 360", explica Palus.

Kering, que se descreve como um grupo de luxo e estilo de vida, possui 15 marcas globais como, Yves Saint Laurent, Alexander McQueen, Bottega Veneta e Stella McCartney, além da grife esportiva alemã, Puma. O grupo também está particularmente satisfeito com o desempenho da Saint Laurent, que registrou um aumento de 29,7% nas receitas para 711 milhões de euros, que se deve ao estilista recém-instalado, Anthony Vaccarello, que fascinou os consumidores com seu estilo sombrio e glamouroso.

A marca Bottega Veneta teve aumento nas vendas totais de 3,4% para 590 milhões de euros. Já a marca masculina Brioni, que demitiu seu estilista anterior Justin O'Shea após apenas uma temporada, continua enfrentando dificuldades, embora Palus insista que houve "progresso em peças formais e feitas sob medida", graças à nova diretora criativa Nina-Maria Nitsche.

A Balenciaga desfrutou de uma "excelente receptividade às coleções de seu novo diretor criativo Demna Gvasalia; Stella McCartney e Alexander McQueen "tiveram um bom nível de rentabilidade", declarou o diretor financeiro Jean-Marc Duplaix.
 
Entre as outras boas notícias, Kering quase dobrou seu fluxo de caixa livre em quase um bilhão de euros, outra conquista impressionante. A Europa Ocidental impulsionou o aumento do volume de negócios global, subindo 42%, liderado por locais e turistas, especialmente na Itália, França e Reino Unido. Na América do Norte, o varejo aumentou 22%, impulsionado, principalmente, pelo consumo dos residentes; Enquanto na Ásia Pacífico, as vendas cresceram acima de 31%, em todas as regiões, exceto Taiwan.
 
Por fim, a outra boa notícia para os acionistas é a performance da Kering Eyewear, que Palus citou como "um excelente exemplo de nossa capacidade como grupo em aproveitar o crescimento orgânico”. Lançada em 2014, a Kering Eyewear (óculos de grau e de sol) teve uma receita de 209 milhões de euros, e um recente acordo com a Richemont poderá implicar em uma expansão que irá além das marcas do grupo.

"Temos a massa crítica necessária para internalizar nossa linha de óculos e desenvolver ainda mais com a Richemont, nos permitindo construir uma nova categoria básica. Os óculos agora adquiriram uma presença forte em nossos desfiles, anúncios e lojas, e conseguiram manter o espírito de start-up, algo que valorizamos na Kering", ressaltou Jean-François Palus.
 

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