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Novello Dariella
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6 de dez. de 2019
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Kering explora possível acordo com Moncler

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Novello Dariella
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6 de dez. de 2019

Poucos dias após a formalização do acordo entre a LVMH e a Tiffany por mais de 14,7 mil milhões de euros, outra gigante francesa do luxo estará a posicionar-se para fazer uma importante aquisição. Segundo informações da Bloomberg, a Kering e a Moncler estarão a discutir um possível acordo.


Moncler Genius com Craig Green - Moncler


De acordo com fontes da imprensa americana, existe a possibilidade de uma "união" entre o grupo liderado por François-Henri Pinault e a marca nascida no mundo do esqui, em Grenoble, que se tornou especialista em blusões de inverno premium com sede em Milão. A Bloomberg sublinhou que a Kering não quis comentar o assunto e que não foi possível entrar em contato com os representantes da Moncler.

A Moncler Spa, uma empresa de capital aberto, é avaliada em cerca de 10 mil milhões de euros. O preço das ações quase quadruplicou desde o seu IPO em 2013. Na quarta-feira, 4 de dezembro, as ações fecharam em 38,83 euros. O acionista maioritário continua a ser Remo Ruffini, que detém cerca de 22,5% dos títulos, de acordo com cálculos feitos pela Bloomberg.

O casaco de plumas ainda é o principal produto da Moncler e custa a partir de cerca de 850 euros. Mas, a marca tem vindo a desenvolver um guarda-roupa completo e aumentou a sua visibilidade e apelo com uma clientela mais elegante graças ao seu projeto Moncler Genius, que consiste em colaborações com estilistas de talentos e dá à marca um toque mais ousado.

A iniciativa também abriria possibilidades para a marca criar mais colaborações especiais com grandes armazéns, como fez recentemente com as Galeries Lafayette Champs Elysées, e, ao mesmo tempo, ampliar o alcance com  a sua oferta mais convencional em áreas e rotas turísticas, como fez há alguns meses nos Champs Elysées, em Paris. Recentemente, Remo Ruffini explicou à FashionNetwork.com que a Moncler, que tem cerca de 220 lojas em todo o mundo, quer desenvolver o travel retail, mas também o negócio na China, que representa 30% da sua faturação. Nos primeiros nove meses de 2019, a empresa registou um volume de negócios de 995 milhões de euros.

Por outro lado, para a Kering, um acordo com a marca de skiwear permitir-lhe-ia entrar num novo território, que atualmente não preenche com as suas marcas Gucci, Bottega Veneta, Saint Laurent, Balenciaga e Alexander McQueen. De certa forma, o grupo de François-Henri Pinault, que se separou da Puma no ano passado, regressaria ao mundo do desporto com uma abordagem que corresponde melhor ao seu portefólio de marcas.

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