AFP
Estela Ataíde
17 de fev. de 2021
Kering limita queda nas vendas em 2020 e prepara-se para recuperar
AFP
Estela Ataíde
17 de fev. de 2021
O grupo de luxo francês Kering, proprietário das marcas Gucci, Yves Saint Laurent e Bottega Veneta, limitou a queda nas vendas e na rentabilidade em 2020 graças à recuperação da atividade na Ásia e na América do Norte.

“Num ano de convulsões, a Kering demonstrou uma grande resiliência e uma agilidade notável”, declarou François-Henri Pinault, CEO do grupo, citado num comunicado divulgado na quarta-feira. “Saímos da crise fortalecidos e prontos para tirar partido da recuperação.”
O volume de negócios do grupo foi de 13,1 mil milhões de euros, menos 17,5% em relação ao ano anterior, uma descida semelhante à sofrida pela gigante mundial LVMH. No total, a Kering manteve em 2020 um lucro de 2,15 mil milhões de euros.
Após um início de ano marcado pelo encerramento de lojas e pela cessação do fluxo de turistas, "as tendências melhoraram no segundo semestre" devido a “uma boa dinâmica na Ásia-Pacífico e na América do Norte" e ainda a "uma aceleração muito forte, de quase 70%, do comércio eletrónico", sublinhou o diretor financeiro Jean-Marc Duplaix durante uma teleconferência.
Ainda que o grupo de luxo não revele a previsão dos seus números para 2021, este acredita que, “embora o contexto atual ainda seja marcado por muitas incertezas, a crise não pôs em causa os motores estruturais do crescimento do mercado mundial do luxo, e confirmou plenamente a relevância da sua estratégia".
A Gucci, a sua marca principal, que se havia aproximado dos 10 mil milhões de euros em vendas em 2019, viu a sua atividade cair 22,7%, para 7,4 mil milhões.
A mais pequena Yves Saint Laurent (1,7 mil milhões de euros em vendas, -14,9%) voltou a crescer no segundo semestre do ano, nomeadamente graças aos mercados da Ásia-Pacífico, América do Norte e Japão.
A Bottega Veneta é uma das poucas a registar crescimento ao longo do ano, com um aumento de 3,7% nas vendas, para 1,2 mil milhões de euros.
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