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Helena OSORIO
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11 de jan. de 2021
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Kering patrocina renovação do pátio do Palazzo Vecchio em Florença

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Helena OSORIO
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11 de jan. de 2021

A holding francesa Kering está a patrocinar a renovação de um elemento chave do Palazzo Vecchio em Florença na Toscânia: o pátio Michelozzo que é a entrada principal do edifício histórico feita através da Piazza della Signoria. O famoso Palazzo Vecchio é um dos símbolos mais importantes da capital renascentista onde funciona atualmente a Câmara Municipal de Florença.


Pátio Michelozzo comafrescos que retratavam as guildas de Florença e panoramas da cidade do império de Habsburgo - Kering


O grupo de luxo com sede em Paris, cuja maior maison de moda é a Gucci – nascida florentina em 1921 – contribuirá para a renovação do sistema de iluminação no pátio do Palazzo Vecchio. A parte principal desta intervenção será o famoso pátio Michelozzo, concebido em 1453 e amplamente transformado e embelezado no século seguinte por Giorgio Vasari, o pintor, o arquiteto e o cronista mais lido que ficou conhecido pelas biografias dos maiores do Renascimento na sua obra As Vidas dos Artistas.

Mas, já antes, o arquiteto e escultor florentino Michelozzo di Bartolommeo (ou Michelozzo Michelozzi) – que foi aprendiz de Donatello – sustentou e parcialmente reconstruiu o Palazzo Vecchio, então em ruínas, acrescentando-lhe salas e escadarias importantes. A atual recuperação arranca esta primavera e prolongar-se-á ao longo de 2021.

"Há exatamente um ano, quando me foi atribuído o Fiorino d'Oro, reiterei que Florença e Toscana têm um significado particular para mim e para o Grupo", afirmou François-Henri Pinault, presidente e CEO da Kering. "Precisamente por esta razão, quisemos verdadeiramente ajudar a cidade durante um período particularmente difícil, e decidimos contribuir para a valorização de uma das muitas maravilhas do Palazzo Vecchio, símbolo de Florença e do seu património cultural e esplendor artístico".

O Fiorino d'Oro é o mais alto prémio honorífico atribuído em reconhecimento dos serviços prestados à histórica cidade italiana e à sua cultura. O projeto sublinha igualmente os laços estreitos entre a Kering e a cidade de Florença, mormente a região da Toscânia, que os franceses escolheram como base para a produção de artigos de couro da Saint Laurent e Balenciaga, duas outras maisons chave no cordão de marcas de luxo da Kering, igualmente proprietária de outras marcas italianas, como a Bottega Veneta, Pomellato, Brioni e Richard Ginori.


Chafariz central do pátio Michelozzo com cópia doPutto con Delfino, da autoria de Andrea del Verrocchio - Kering


"Estou muito grato a François-Henri Pinault, que sempre estimei como um empresário clarividente e corajoso", declarou Dario Nardella, o presidente da Câmara Municipal de Florença. "Há apenas um ano, concedemos-lhe o Fiorino d'Oro porque sempre acreditou na nossa região, apostando na marca 'Made in Firenze' e oferecendo oportunidades de emprego e desenvolvimento de carreira a muitos jovens".

O pátio Michelozzo exibia afrescos que retratavam as guildas de Florença e panoramas da cidade do império de Habsburgo, que se foram degradando com o tempo e ações climáticas. No centro, ressalta o chafariz com uma cópia do Putto con Delfino, assinado por Andrea del Verrocchio. A água que jorra do bico do golfinho chega da colina de Boboli através de um antigo sistema hídrico de tubulação. 

O acesso ao pátio Michelozzo faz-se a partir da porta principal do Palazzo Vecchio na Piazza della Signoria, a praça principal da capital toscana. O seu risco é atribuído a Arnoldo di Cambio (escultor e arquiteto do Duomo de Siena; Igreja Santa Croce e Catedral de Santa Maria del Fiore de Florença; Basílica Papal de São Paulo Extramuros e Basílica de Santa Maria in Trastevere de Roma), que o começou a construir em 1299 como Palazzo dei Priori; virou símbolo da República Florentina em 1300 e manteve-se como centro do poder durante o comando dos Medici (e reestruturação de Vasari de 1540). Daí o Palazzo Vecchio ser anteriormente conhecido como Palazzo Ducale, dado o duque Cosimo I de Medici (segundo e último duque da República Florentina, de 1537 a 1569) nele instalar a sua residência.

O nome Vecchio surgiu em 1565, quando o tribunal do duque Cosimo I se mudou para o "novo" Palazzo Pitti, do outro lado do rio Arno. De 1865 a 1871, foi sede do Parlamento italiano, abrigando hoje os escritórios do presidente da Câmara Municipal de Florença e de vários departamentos municipais. O edifício contém também o Museu Cívico, com uma série de magníficas salas monumentais, onde Bronzino, Ghirlandaio e Vasari criaram, e onde estão expostas obras de Michelangelo, Donatello e Verrochio.
 

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