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Novello Dariella
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10 de out. de 2017
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Kering pode vender a Puma em 2018, dizem analistas

Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
10 de out. de 2017

Desde que a PPR (agora Kering) comprou a Puma em 2007, os analistas financeiros sempre questionaram a possibilidade de o grupo vender a marca desportiva, apontando como motivo a falta de sinergia entre os negócios da Puma e marcas de luxo do grupo, como Gucci ou Balenciaga .


Puma pode ser vendida em breve - Puma


Agora, mais do que nunca, o cenário parece plausível, se quisermos acreditar nas declarações emitidas por uma série de grandes bancos e empresas de consultoria nas últimas semanas, em que a venda da Puma para 2018 é anunciada abertamente.

Existem vários indicadores fortes a apontar nessa direção. Como relatámos em maio passado, François-Henri Pinault decidiu dar um passo atrás e renunciou à sua posição no conselho de administração do grupo alemão. Porém, a avaliação do mercado de ações da Puma está definitivamente em alta e está agora perto de 330 euros por ação (a partir de 5 de outubro), o mesmo preço pago há dez anos, quando a Kering gastou 5,3 mil milhões de euros para adquirir a marca. As vendas da Puma estão a crescer, e os seus indicadores financeiros têm melhorado consideravelmente durante vários trimestres.

"O desempenho dinâmico da Puma e as suas margens operacionais de recuperação poderiam abrir caminho para uma venda", afirmou Thomas Chauvet, analista do Citi, à Reuters. A agência de notícias também informou que um comunicado do HSBC supôs que o grupo Kering "finalmente recuperou os seus gastos, após dez anos, tornando a venda da Puma mais provável".

Hoje, uma avaliação de cerca de 5 mil milhões de euros para a Puma pode ser satisfatória para a Kering (proprietária de uma participação de 86% na marca), enquanto em 2016 François-Henri Pinault indicou que não previa uma venda da marca nem naquele ano nem em 2017.

No entanto, o facto é que, embora Kering possa querer vender a Puma, há muito poucos compradores que poderiam pagar uma aquisição dessa magnitude para uma marca que ainda não é tão lucrativa quanto a Nike ou a Adidas. Ao mesmo tempo, a possibilidade de venda da Reebok pela Adidas é algo que também está sempre a ser comentado na indústria. Já foi mencionado que fundos de investimento asiáticos estariam interessados, mas nenhum nome convincente foi apresentado. 

A Reuters informou que a Kering tem várias alternativas financeiras à sua disposição: poderia colocar a Puma no mercado, ou descentralizar e distribuir o capital entre os seus acionistas. Através da venda, a gigante francesa de artigos de luxo poderia gerar um novo capital para ampliar o seu portfólio de marcas e priorizar uma aquisição na altamente dinâmica indústria de joias.

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