AFP
Novello Dariella
6 de mai. de 2020
L Brands cancela a venda da Victoria's Secret
AFP
Novello Dariella
6 de mai. de 2020
A empresa norte-americana, L Brands, proprietária da Victoria's Secret, anunciou que chegou a um acordo com a Sycamore Partners para cancelar a venda da icónica marca de lingerie, anunciada em fevereiro.
A Sycamore Partners acertou a aquisição de 55% da L Brands por 525 milhões, mas mudou de ideia devido às medidas tomadas pela Victoria's Secret para sobreviver à pandemia de COVID-19 e foi à justiça, no dia 22 de abril, para pedir o cancelamento da operação. A L Brands contra-atacou ao propor uma ação judicial.
"A L Brands e a Sycamore Partners concordaram em resolver a sua disputa e abandonar os respetivos processos", anunciou a L Brands, segunda-feira (4 de maio), sem mencionar se houve compensação financeira. Esse anúncio encerra abruptamente uma das principais transações no sector têxtil e de distribuição, particularmente afectado pela crise da saúde.
Com isto, aumentam as incerteza sobre o destino da Victoria's Secret, que vem enfrentando grandes dificuldades financeiras. Futuramente, a Victoria's Secret tornar-se-á uma empresa independente, assim como a Bath & Body Works, outra marca principal da L Brands. Les Wexner, de 82 anos, que comprou a Victoria's Secret em 1982 por 1 milhão de dólares à época, está prestes a deixar o cargo de CEO na empresa.
A Sycamore Partners criticou a L Brands por ter fechado quase todas as lojas Victoria's Secret e PINK, no mundo inteiro, apenas um mês após o acordo entre as duas partes, alegando que essas medidas afectavam a atividade.
A Sycamore desaprovou, também, a atitude da L Brands de colocar funcionários da Victoria's Secret em licença por tempo indeterminado, além de reduzir a remuneração dos executivos.
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