L'Occitane regista aumento nas vendas e lucro
O grupo francês de beleza L’Occitane, que está listado na Bolsa de Valores de Hong Kong, informou que p seu lucro líquido referente ao ano encerrado a 31 de março aumentou quase 22%, para 117,6 milhões de euros, embora o aumento de receita tenha sido mais modesto, de pouco mais de 8%, para 1,43 mil milhões de euros.
A receita foi ajudada pelos canais digitais, incluindo as suas operações de e-commerce e vendas no seu marketplace. O CFO da empresa, Thomas Levilion, disse que Estados Unidos, Rússia e China foram os mercados que mais cresceram, com um aumento de 31,8%, 12,2% e 12,1%, respetivamente.
No entanto, as vendas comparáveis da empresa aumentaram apenas 1,8%, com desempenhos variados em diferentes mercados. O aumento de 12,1% nas vendas totais da China foi complementado por um aumento de 6,9% nas vendas comparáveis, embora tenha sido muito menor que o crescimento de 15,1% do ano anterior.
Os outros mercados asiáticos enfrentaram dificuldades: Taiwan registou queda de -2,7%, o Japão de -0,3% e Hong Kong de - 2,6%. O vice-presidente Andre Hoffmann disse que a empresa viu as vendas diminuírem no segundo semestre porque o comércio retalhista desacelerou e os turistas gastaram menos.
As vendas na Europa também foram lentas. As vendas líquidas do mercado francês, que é fundamental, aumentaram 0,8%, mas foram afetadas pelos protestos dos “coletes amarelos”, que provocaram queda nas vendas comparáveis. No Reino Unido, as vendas líquidas aumentaram apenas 1,4%, também com uma pequena queda nas vendas comparáveis. No entanto, o sucesso do lançamento do LimeLife e o desenvolvimento da Erborian impulsionaram o volume de negócios na região.
A L'Occitane continua otimista e está a expandir-se. A empresa planeia abrir 35 novas lojas globalmente este ano. A empresa também prevê um aumento na rentabilidade no próximo ano, graças à aquisição da marca britânica Elemis, para a qual vê grande potencial na região Ásia-Pacífico. A L'Occitane pagou 900 milhões de dólares para comprar a Elemis em janeiro e está a trabalhar para a levar para novos mercados, além de expandir os seus canais de distribuição. A compra foi a maior operação da empresa desde a sua listagem na bolsa de valores em 2010.
Hoffmann disse que há claras sinergias entre as duas marcas e que estas podem aprender muito uma com a outra. O executivo está particularmente interessado em aplicar a experiência digital da Elemis na L'Occitane, já que atualmente 30% das vendas da Elemis provêm do canal online, enquanto este canal representa 15% das vendas da L’Occitane.
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