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Estela Ataíde
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15 de out. de 2020
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L'Oréal formaliza escolha de Nicolas Hieronimus como diretor-geral

Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
15 de out. de 2020

Uma mudança de era está prestes a acontecer no seio do grupo L'Oréal. A gigante mundial da beleza, que em 113 anos conheceu apenas cinco dirigentes, acaba de nomear Nicolas Hieronimus para o cargo de diretor-geral. Diretor-geral adjunto desde 2018, Nicolas Hieronimus, agora com 56 anos, assumirá as suas novas funções em abril de 2021 e sucederá a Jean-Paul Agon. A passagem de testemunho será tranquila, uma vez que Jean-Paul Agon, que foi nomeado diretor-geral da L'Oréal em abril de 2006, e depois presidente e CEO em março de 2011, permanecerá como presidente do grupo.


Nicolas Hieronimus, o novo líder da L'Oréal - Reuters


Ao escolher Nicolas Hieronimus, o conselho de administração da L'Oréal, que se reuniu na tarde de quarta-feira, opta por colocar o grupo numa certa continuidade, até mesmo estabilidade, num contexto de crise sanitária global que está a afetar o desempenho deste peso pesado da beleza. Na verdade, o próximo líder do grupo não será uma mulher ou um outsider, como por vezes os rumores deram a entender, mas um homem que passou toda a sua carreira no seio do grupo.
 
Formado pela Essec, Nicolas Hieronimus ingressou na L'Oréal em 1990. Começou por trabalhar na atual divisão de produtos de consumo do grupo como gestor de produto da marca Garnier. Foi aí que assinou o seu primeiro sucesso ao criar os champôs Fructis com frascos verde-maçã, hoje emblemáticos da marca.

Após ter gerido a Garnier Maybelline no Reino Unido de 1998 a 2000, tornou-se diretor-geral da L'Oréal Paris na França e, depois, geriu a marca em todo o mundo antes de assumir o comando da subsidiária mexicana do grupo em 2005. Três anos depois, Nicolas Hieronimus voltou a França para assumir o cargo de CEO da divisão de produtos profissionais (Kerastase, L'Oréal Professionnel…).

A sua carreira dentro do grupo assumiu um novo rumo em 2011 com a sua nomeação para o cargo de presidente da divisão de luxo da L'Oréal, que com as suas marcas Yves Saint Laurent e Lancôme é uma das mais poderosas do grupo. Boom nas vendas de maquilhagem impulsionado pelas redes sociais, crescimento no travel retail e aquisição da marca Urban Decay... Sob a sua liderança, a divisão, agora bastante abalada pela crise, torna-se a mais promissora em termos de crescimento. "É alguém que adora vencer. É muito determinado. Nunca desiste, mas sempre com um sorriso", disse Chris de Lapuente, ex-CEO da Sephora (grupo LVMH) à Reuters. A partir de julho de 2013, Nicolas Hieronimus ficou encarregue da presidência de todas as divisões seletivas do grupo: luxo, profissionais e cosmética ativa (Vichy, La Roche-Posay, etc.).

Em março de 2018, foi nomeado diretor-geral adjunto do grupo, cargo que alguns descrevem como feito sob medida para ele. Uma nomeação que há dois anos já parecia uma preparação suave para uma passagem de testemunho.

Espera-se que Nicolas Hieronimus seja eleito administrador na assembleia geral de acionistas marcada para 20 de abril de 2021 e, posteriormente, nomeado diretor-geral do grupo pelo conselho de administração subsequente.

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