LVMH: vendas e lucros saltam para novos patamares

O grupo de luxo de topo mundial LVMH disse, na terça-feira (26 de julho), que as suas vendas e lucros saltaram no primeiro semestre do ano, apesar do ambiente económico incerto.

Embora a China tenha impulsionado o crescimento no sector do luxo nos últimos anos, o grupo cujas marcas incluem a Louis Vuitton, Bulgari, Givenchy e TAG Heuer disse que uma forte recuperação na Europa e nos Estados Unidos ajudou a impulsionar os ganhos.

Os lucros líquidos de janeiro a junho foram de 6,5 mil milhões de euros (6,6 mil milhões de dólares), um salto de 23% em relação aos ganhos "recorde" no mesmo período do ano passado.

As vendas aumentaram 28% para 36,7 mil milhões de euros.

Enquanto muitas empresas viram as suas margens apertadas pela inflação, a LVMH aumentou as suas margens em 1,3 pontos para 27,9% das receitas.

A empresa francesa especializada em artigos de luxo não forneceu uma repartição geográfica das vendas, mas observou que a Ásia "viu um nível de crescimento mais baixo devido às novas restrições sanitárias na China".

No ano passado, a região asiática, excluindo o Japão, foi a maior em vendas da LVMH, representando 35% do total.

O diretor financeiro Jean Jacques Guiony disse numa conferência telefónica que a LVMH estava a fazer uma abordagem de esperar para ver a China, mas estava "confiante num regresso da procura" uma vez terminada a pandemia de COVID-19.

A moda e os artigos de couro, que representam quase metade das vendas da LVMH, tiveram um desempenho superior ao de outras divisões com um crescimento de 31% para 18,1 mil milhões de euros.