Labrador: marca de moda masculina portuguesa renasce após 10 anos de ter sido comprada em hasta pública

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Helena OSORIO

Publicado em
21 de dez. de 2022

Depois de ter sido comprada em hasta pública em 2012, a marca de moda masculina Labrador anuncia o crescimento com as receitas a atingirem os três milhões de euros e com a abertura de mais lojas.
 

O Edge Group, do empresário José Luís Pinto Basto, apostou dois milhões de euros na reestruturação da Labrador ao longo de dois anos. A marca portuguesa de acessórios e roupa masculina contabilizou este ano o melhor resultado de sempre desde que foi adquirida em hasta pública, com as receitas a ascenderem a três milhões de euros e o número de novos clientes a aumentar 68% face ao período homólogo, certifica o Dinheiro Vivo.

Neste momento, a Labrador conta com cinco lojas em território português, só em Lisboa e no Porto, fazendo parte do plano abrir um total de seis espaços nas referidas cidades. Com o crescimento da marca, este primeiro plano ficou sem efeito na medida em que a empresa pretende abrir agora, durante os próximos anos, mais cinco a seis lojas nas regiões onde já mantém uma presença, o que implicará um investimento de um milhão de euros.

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Quando a Labrador foi adquirida, para além do stock, o Edge Group beneficiou das "pessoas que fizeram a marca e do seu conhecimento", assegura o CEO, José Luís Pinto Basto, filho do fundador do grupo, o que permitiu "servir os clientes com o nível a que estavam habituados" e "desenhar coleções com o mesmo bom gosto, qualidade e rigor", frisa.
 

Apesar de, em 2013, a Labrador ter sido relançada oficialmente em Lisboa e no Porto, sendo as lojas do CascaiShopping e Vasco da Gama abertas mais tarde, o grande impulso aconteceu em 2019, quando a gestão foi repensada com vista a tirar mais proveito do potencial da marca. Nesse ano, foi feito um maior investimento na inovação das coleções e em comunicação e marketing, tendo sido inaugurada a flagship das Amoreiras.
 
A nova estratégia de comunicação redirecionou os clientes para a loja online, chegando estas vendas a aproximarem-se dos valores dos espaços físico e fazendo crescer o segmento mais jovem (menos de 35 anos). 
 
"Ao nível de produto, hoje oferecemos, quer na coleção desportiva e formal, quer nos serviços de alfaiataria por medida, opções para todas as gerações. Acreditamos também que este segmento procura cada vez mais peças que duram, que têm um certo critério, qualidade e autenticidade que lhes dá personalidade. Isso é algo que sempre tivemos", confirma ainda Pinto Basto ao Dinheiro Vivo.
 
Numa última análise, apesar da guerra e da subida de preços, o balanço da Labrador é positivo. "Em apenas um trimestre, com o simples facto de termos aberto uma loja online e termos passado a investir em marketing e comunicação e numa maior inovação em produto, passámos de estagnados a crescer 20% ano contra ano", continua o CEO.

"Este ano, fruto de todo o trabalho que temos vindo a desenvolver, chegámos a estar a crescer 100% em same store sales, isto é, sem contar com as novas lojas", conclui.