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Traduzido por
Novello Dariella
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16 de set. de 2022
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Lalique compra fabricante de seda de Zurique em dificuldades

Por
AFP
Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
16 de set. de 2022

O grupo suíço Lalique, proprietário da famosa fábrica de cristais francesa, anunciou a compra de uma fabricante de seda de Zurique em dificuldades, com o objetivo de reverter a situação económica da mesma.


Fabric Frontline


Num comunicado, o grupo suíço declarou que firmou um acordo para adquirir a marca Fabric Frontline, da empresa suíça Trudel Fashion. O valor da transação não foi revelado. 

Fundada há mais de 40 anos, a Fabric Frontline fabrica acessórios de seda de alta qualidade e tornou-se conhecida pelos seus lenços, graças ao processo de impressão tradicional, e pelos seus tecidos de alta qualidade produzidos no norte de Itália.

"No auge, a Fabric Frontline chegou a colaborar com empresas de moda como a Hermès, Chanel, Dior, Nina Ricci e Vivienne Westwood", sublinhou o grupo suíço. Em junho, a Trudel Fashion, a sua proprietária desde 2012, anunciou que iria encerrar as atividades da marca no ano em curso, caso não encontrasse outra solução.

O grupo Lalique pretende recuperar a marca através da cooperação com as suas outras marcas, assim como já tinha feito em 2015 com a sua marca de cristal, mas também através de aplicações têxteis para mobiliário. Este também planeia mostrar a marca no hotel de Zurique "Villa Florhof", cuja história está ligada à indústria da seda em Zurique, recentemente comprada por Silvio Denz, fundador do grupo, com um outro investidor. 

A aquisição da Fabric Frontline deve ser concluída no primeiro trimestre de 2023, com uma primeira coleção prevista para a primavera de 2024.

Em 2008, Silvio Denz, um investidor suíço que fez fortuna com perfumes, adquiriu a fábrica francesa de cristais Lalique, conhecida pelas suas joias, vasos e frascos de perfume, então em dificuldades. A empresa, inicialmente nomeada Art & Fragrance, assumiu o nome da sua prestigiosa subsidiária, renomeando-se Lalique Group.

No primeiro semestre, o grupo, que também atua na indústria hoteleira de luxo, registou uma clara recuperação nas suas vendas graças à flexibilização das restrições sanitárias. O seu volume de negócios aumentou 29% face ao primeiro semestre do ano passado, para 83,2 milhões de euros, superando o nível pré-pandemia, graças nomeadamente às vendas de cristais e à retoma das vendas de perfumes.
 

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