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Novello Dariella
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25 de mar. de 2022
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Lanvin Group prepara listagem na Bolsa de Valores de Nova Iorque

Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
25 de mar. de 2022

O antigo Fosun, que foi renomeado para Lanvin Group em outubro de 2021, ganha força. A holding, proprietária das marcas Lanvin, Sergio Rossi, Wolford, St. John Knits e Caruso, anunciou no dia 23 de março o seu plano de abrir o capital na Bolsa de Nova Iorque sob a sigla LANV. Para realizar essa operação, a direção do grupo, chefiada pelo seu presidente Joann Cheng, não está a trabalhar sozinha. Uniu forças com o grupo de investimentos chinês, Primavera Capital, presente no capital de players como Alibaba e Onebyte na China. A gigante chinesa criou a Spac (sociedade de aquisição com fins especiais) Primavera Capital Acquisition Corporation para formar uma aliança com o Lanvin Group capaz de seduzir o mercado de ações e investidores. A data para o IPO oficial ainda não foi divulgada, mas quando a operação for concluída, os acionistas da Spac deterão 28% das ações do grupo.


Lanvin Group anuncia acordo com o grupo chinês Primavera Capital - Lanvin Group


"O anúncio de hoje é um novo marco no caminho de crescimento do Lanvin Group. Estamos muito felizes por nos associarmos com a Primavera no nosso próximo capítulo de crescimento na Europa, América do Norte e Ásia", disse em comunicado o presidente do grupo com sede em Hong Kong. "Nos últimos anos, não só investimos em prestigiosas marcas patrimoniais, mas também criamos uma aliança estratégica formada por empresas líderes do setor como parceiras e investidoras do Lanvin Group. Cada um desses parceiros é qualificado de forma única para ajudar impulsionar o crescimento, melhorar o desempenho das nossas marcas e liberar todo o potencial de novos mercados. Queremos acelerar o crescimento do nosso portfólio através de desenvolvimento orgânico e aquisições seletivas, construindo um portfólio internacional de marcas icónicas de moda de luxo que atraiam uma grande base de clientes. O Lanvin Group permitirá que essas marcas prosperem não apenas nos seus países de origem, mas também na Ásia e na América do Norte, os principais mercados de luxo do mundo", destacou o executivo. 

No projeto apresentado a potenciais investidores, o grupo destaca o seu extenso ecossistema, que inclui a Primavera, especialista em e-commerce e mercado de consumo na China; BaoZun, para e-commerce; K11, para distribuição; Stella International, para calçado de luxo; Activation, para comunicação e marketing na China; Itochu, para distribuição no Japão; Fosun, para experiência intersectorial; e Neo-Concept, especializada na produção e distribuição de artigos de moda.

"Queríamos apoiar um líder de consumo emergente com um apelo global sustentável e fortes perspetivas de crescimento na Ásia", disse Max Chen, presidente, CEO e CFO da PCAC e sócio da Primavera. "O Lanvin Group é uma empresa única no mundo, com um rico legado, uma equipa de gestão empreendedora e uma estratégia diferenciada para construir um gigante do luxo focado numa nova geração de consumidores, beneficiando-se principalmente da ascensão do consumo de luxo na Ásia. O Lanvin Group e Primavera partilham da mesma visão de cuidar e revitalizar marcas internacionais de luxo. Queremos trabalhar juntos para desenvolver a plataforma global do Lanvin Group e impulsionar o crescimento de seu portfólio de marcas", acrescentou. 

O conglomerado está presente atualmente em 80 países, com cerca de 300 lojas e 1.200 pontos de venda, e regista uma faturação de 333 milhões de euros, dos quais 66 milhões correspondem à Lanvin e 57 milhões de euros à Sergio Rossi. A empresa também anunciou que espera alcançar um crescimento médio anual de 31%, impulsionado pela abertura de 200 lojas e um aumento anual de 40% nas suas vendas digitais. Tudo isto para se aproximar do valor de mil milhões de euros em vendas até ao final de 2025, com uma meta fixada em 473 milhões até 2022. O grupo aposta, sobretudo, no potencial da China, que representa atualmente 14 % das suas vendas. Em 2025 os consumidores chineses poderão representar 45% do consumo de produtos de luxo em todo o mundo, em comparação com 23% no ano passado.

Para atingir esses objetivos, o Lanvin Group está comprometido com o crescimento orgânico das marcas que atualmente possui no seu portfólio. Mas o IPO, que deverá movimentar cerca de 544 milhões de dólares (ou 495,08 de euros, dos quais uma parte será proveniente de um compromisso adicional dos sócios já envolvidos no grupo) também lhe deverá permitir continuar o seu crescimento externo. O grupo explica no documento para investidores que o seu plano para 2022 inclui um investimento de 20 milhões de euros para criar uma incubadora de marcas jovens, mas também participações minoritárias em start-ups de moda, e-commerce, design ou cadeia de abastecimento. Em particular, o grupo quer fazer mais de 10 investimentos até o final de 2025, incluindo duas aquisições estratégicas a partir de 2022. Segundo previsões da empresa, as aquisições podem acrescentar mais 60 milhões de euros à faturação do grupo a partir deste ano.
 

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