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Novello Dariella
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27 de fev. de 2020
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Lanvin mostra grande opulência na Manufacture des Gobelins

Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
27 de fev. de 2020

Hoje em dia, na moda, são poucas as mentes tão imaginativas quanto a de Bruno Sialelli, que apresentou uma coleção inspirada para a maison Lanvin na manhã fria de quarta-feira (26) em Paris.


Lanvin outono/ inverno 2020 - Paris- Fotografia: Lanvin/ Instagram


O desfile contou com um elenco de modelos várias gerações e foi realizado na Manufacture des Gobelins, lendária por ter criado uma das artes reais mais prestigiadas de França: a tapeçaria.

"É uma ponte entre o passado e o presente. Entre Jeanne Lanvin e eu”, explicou Bruno Sialelli, depois de caminhar sob aplausos estrondosos, diante das tapeçarias magníficas que adornam o hall da Manufacture des Gobelins.

Bruno Sialelli inspirou-se em grande parte do arquivo da maison: de silhuetas elegantes a logótipos e caligrafia que encontrou num livro criado pela fundadora Jeanne Lanvin com uma das suas colaboradoras, a escritora e intelectual francesa Louise de Vilmorin. O designer usou os estampados encontrados em vestidos com cortes deslumbrantes e lenços de seda.

Entre as suas modelos, havia uma veterana da Lanvin de vinte anos, Maggie Rizer - deslumbrante num casaco preto de dupla face cashemere muito elegante -, mas também Imaan Hammam, num impressionante vestido de seda, com um incrível animal print, e até Gigi e Bella Hadid, cuja mãe estava sentada na primeira fila. Esta primeira fila, aliás, também contou com a presença de Zahia Dehar, Isabelle Huppert e Virgil Abloh.

Toda a coleção exalava um espírito exótico de luxo: vestidos em chiffon de seda branca, em forma de sino, com mini capas com plumas, boleros de feltro esculturais e vestidos transparentes sedutores. A maioria das modelos tinha nas suas cabeças várias versões em couro de toucas medievais - ao estilo do filme francês "O Regresso de Martin Guerre”. Dois notáveis ​​casacos brancos concluíram o desfile - um para mulher e outro para homem, sendo o evento misto - composto por penas brancas habilmente pintadas.

Na passarela, os modelos deixaram um verdadeiro rastro, o do novo perfume secreto criado pelo estilista.

“Sou fascinado pela trajetória de Jeanne Lanvin. Nasceu numa família pobre e, como filha mais velha, teve que cuidar dos seus irmãos e irmãs mais novos. Lutou para melhorar de vida. É claro que fez um bom casamento, mas também teve uma filha, Marguerite, e dedicou toda a sua energia a criar roupas bonitas para ela", explicou o designer.

O cenário do desfile também parecia ideal para a opulência das roupas. Les Gobelins é, sem dúvida, a marca de luxo mais antiga de França. “Foi fundada por Louis XIV para apoiar a indústria francesa e este costumava usar os seus têxteis para incentivar as pessoas a gastar mais em roupas e moda. Bom! Les Gobelins é um verdadeiro luxo, pois permite que se leve o tempo necessário para fazer as coisas de forma perfeita. Não é como, 'Ei! Temos um desfile daqui a três meses!'”, brincou Sialelli.

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