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Novello Dariella
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10 de dez. de 2019
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Lanvin recupera arquivos para o seu 130.º aniversário

Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
10 de dez. de 2019

Aos 130 anos, a Lanvin nunca pareceu tão jovem. Fundada em 1889 em Paris, a maison de alta costura mais antiga ainda em atividade dá vida nova aos seus arquivos, recuperando e atualizando alguns dos seus modelos do século passado através de uma iniciativa original para o seu aniversário, que também será comemorado com uma coleção cápsula e uma exposição em Xangai.


O conjunto "Guilhem" de inspiração Art déco do inverno de 1920 - Lanvin


Diretor artístico da marca desde janeiro, Bruno Sialelli desenhou esta coleção "130th Anniversary" restaurando a modernidade de Jeanne Lanvin. Ao mergulhar nos arquivos, selecionou três peças excecionais assinadas pela fundadora da marca, que serão reeditadas em edição limitada.

O conjunto "Guilhem" do inverno de 1920, com a sua túnica em crepe georgette com mangas decoradas com apliques geométricos pretos e pequenas pérolas brancas, o vestido preto Art Déco, e a blusa em crepe de seda com lantejoulas douradas, da coleção de verão 1927, serão replicados em 18 cópias, enquanto o casaco bordado "Minuit", da coleção de verão 1936, terá apenas treze exemplares.

Juntamente com esta mini coleção chanada "Reedition", uma coleção cápsula desenhada por Bruno Sialelli oferecerá uma série de peças muito atuais, como vestidos de jersey, t-shirts, camisolas, sapatilhas, jeans, cachecóis, carteiras, óculos e chapéus, com detalhes e estampas típicos da Lanvin, que marcaram a sua história no início do século passado.

É o caso do famoso desenho "l’Ange" do final da década de 30. Para os criar, a fundadora inspirou-se nas obras do Quattrocento de Fra Angelico, no célebre perfume Arpège com a tampa dourada, e no primeiro logótipo "Jeanne Lanvin" com a sua escrita cursiva. Também será apresentado um estampado de inspiração asiática da década de 20.

"No total, 1000 peças de prêt-à-porter e 800 acessórios estarão disponíveis a partir de dezembro nas lojas da China e no site lanvin.com", informou a marca em comunicado. Esta coleção permitirá um mergulho no espírito da Maison com a sua estética Art Déco, combinando influências exóticas, etnográficas, religiosas e medievais. É também uma boa maneira de promover a sua história e savoir-faire, especialmente na China, mercado no qual a marca deseja desenvolver-se com prioridade.


Dois modelos da coleção de aniversário da Lanvin - Lanvin


Propriedade do grupo chinês Fosun desde o início de 2018, a Lanvin, que agora é chefiada por Jean-Philippe Hecquet, pretende realizar 35 a 40% das suas vendas na China. A marca acaba de inaugurar uma loja em Xangai, no centro BFC-Bund Finance Center (a sua 7.ª boutique na China), onde também será realizada a exposição comemorativa "Dialogues" com a Fondation Fosun, na qual serão apresentados até 9 de fevereiro 75 modelos que mostram a história da marca.

Desde a entrada da Fosun, as equipas de estilo foram reforçadas para dar ênfase também aos acessórios, que devem impulsionar o crescimento da marca e representar quase 50% das vendas em três anos.

A Lanvin possui 26 lojas e é comercializada em 30 países. Os seus principais mercados são Estados Unidos, China, Europa, especialmente França, Itália e Reino Unido, além do Médio Oriente.

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