A Louis Vuitton está a converter cinco das suas oficinas francesas para fazer máscaras para profissionais de saúde da linha da frente, disse quarta-feira (8 de abril) a marca de luxo.

O seu PDG, Michael Burke, elogiou os trabalhadores que se ofereceram voluntariamente para produzir as máscaras não cirúrgicas. França, fortemente atingida pela pandemia, sofre de escassez de equipamento de protecção, à imagem de todos os países afectados pelo coronavírus COVID-19, apanhados de surpresa.

Burke assegurou que centenas de milhares de máscaras seriam executadas nas oficinas, que costumam produzir roupas de marca e artigos de couro de luxo.

A Dior, o maior grupo de artigos de luxo do mundo, também propriedade da LVMH, fabrica máscaras desde o final de março para o pessoal hospitalar.

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O PDG da Louis Vuitton adiantou, ainda, que as costureiras que, normalmente trabalham em criações de alta costura, voluntariaram-se para voltar aos seus ateliers em Redon, na Bretanha, no oeste de França, fechados desde que França parou a 17 de março.

"Numa excepcional manifestação de solidariedade, os nossos maravilhosos especialistas (ou "mãozinhas", como são chamados aqueles que fazem roupa de luxo) estão a trabalhar incansavelmente" para protegerem os profissionais de saúde, disse.

Várias marcas de moda têm vindo a produzir máscaras gratuitamente, com os estilistas também a partilharem online os seus segredos de bricolage.

O presidente e CEO da LVMH, Bernard Arnault, o homem mais rico da Europa e o segundo mais rico do mundo (depois de Jeff Bezos da Amazon), encomendou o mês passado, às suas perfumarias que costumam fazer fragrâncias para a Dior, Guerlain e Givenchy, a mudança de produção para desinfectantes de mãos em gel hidroalcoólico. Gel, esse, que foi distribuído gratuitamente pelos hospitais franceses.

A LVMH disse que faria o máximo de gel, "o que fosse necessário (...) e honraria o compromisso enquanto fosse imprescindível".