Louis Vuitton encena próximo espetáculo no interior da loja La Samaritaine
Mesmo antes da sua abertura ao público, a LVMH vai deixar a Louis Vuitton utilizar o novo espaço super luxuoso, La Samaritaine, como cenário para a próxima exibição de pronto-a-vestir feminino da marca centenária, fundada em 1854, em Paris.

A Louis Vuitton revelará a sua estação para a primavera-verão, às 15 horas de terça-feira (6 de outubro), dentro da La Samaritaine, uma famosa loja de departamentos nas margens do Sena que está fechada para renovação há quase duas décadas.
O evento será o último desfile físico a decorrer na Paris Fashion Week, que estreou segunda-feira (28), com nove dias de desfiles e mais de 80 eventos no calendário.
Um porta-voz da Vuitton confirmou que, o próximo desfile do estilista feminino da maison aclamado pela crítica, Nicholas Ghesquière, terá lugar no espaço interior da loja oitocentista La Samaritaine, que inclui um novo hotel de luxo de 5 estrelas, Le Cheval Blanc, com vistas excepcionais sobre a Pont Neuf.

O designer enviará o seu elenco para o último andar do complexo, por baixo de uma cúpula gigante de vidro, que lança luz para um enorme átrio interior. Devido ao distanciamento social, a Louis Vuitton irá encenar dois desfiles, com cerca de 200 convidados cada.
Em épocas recentes, Ghesquière encenou muitos dos espetáculos num espaço próximo, o Museu do Louvre. No entanto, esta será uma viagem ainda mais fácil para trazer a coleção. A sede mundial da Vuitton está localizada do outro lado da rua da antiga loja La Samaritaine.
Esta empresa de construção de luxo, que abrange uma loja de departamentos uber-chic, hotel de luxo, espaço de escritórios de alta tecnologia e até mesmo habitação pública, está na calha há mais de 15 anos, com um orçamento de 750 milhões de euros. A sua abertura estava prevista para abril, mas foi adiada para o início de 2021, devido à pandemia.
O projecto inclui a relançada loja de departamentos La Samaritaine, com 20.000 metros quadrados, e a última edição do hotel de alta gama Cheval Blanc, com 72 quartos todos com vista para o Sena, e a um preço inicial de 1.500 euros por noite, sonhado pelo arquitecto Peter Marino. Para além de mais de uma dúzia de restaurantes (vários concebidos para ganhar estrelas Michelin), partilhados entre loja e hotel, há mais 96 apartamentos de habitação pública. A LVMH adquiriu o edifício da La Samaritaine em 2001, loja de departamentos originalmente da família Cognacq-Jay que a construiu em 1869. Três anos após a aquisição, a LVMH fechou toda a estrutura, citando grandes problemas estruturais e de amianto no edifício principal. Isto deu início a uma série complicada de propostas e negociações com a Câmara Municipal de Paris, que só culminou realmente em 2015, quando começou a construção propriamente dita.
"Ernest Cognacq e Louise Jay, que doaram o lema 'em constante progresso' à sua loja e à sua fundação, definiram a direção. Penso poder dizer hoje que temos, com tenacidade, respeitado o seu desejo e que a La Samaritaine de amanhã será mais bela do que nunca, reencontrando o seu lugar no centro de Paris", disse Bernard Arnault, CEO da LVMH.
O projecto também confirmará as ambições da LVMH como estalajadeiro de alta qualidade. O novo Cheval Blanc junta-se a um hotel de ski de luxo em Courchevel, a um rico hotel em St. Tropez, e a uma estância elegante nas Maldivas. Além disso, também se junta à nova divisão florescente da LVMH, a LVMH Hotellerie, cujo elemento chave é o Grupo Belmond, adquirido nesta primavera, e que inclui nomes estrelas como o Palácio de Copacabana, no Rio; o Splendido em Portofino e o Sanctuary Lodge em Machu Picchu.
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