Loungewear: uma tendência que veio para ficar?!
Com os sucessivos confinamentos e a normalização do teletrabalho, as coleções de loungewear, que consistem em peças confortáveis para ficar em casa, tiveram um verdadeiro boom em 2020 e 2021. Mas será que esta tendência vai durar? À medida que as incertezas da pandemia persistem, como é que os retalhistas estão a equilibrar as coleções de roupa para 'sair' e para ficar em casa? Estas são algumas das questões levantadas por um estudo da Retviews by Lectra.

Segundo a Retwiews, que analisa a evolução da oferta das marcas de moda nos seus sites comerciais, em 2021, entre as marcas europeias líderes no mercado, o número de peças de loungewear aumentou 12% face a 2020. Na Zara, H&M e Uniqlo, a participação da oferta de loungewear / homewear passou de 5,8% para 6,5%.
Em setembro de 2021 começaram a surgir mais novidades e, em dezembro, com a aproximação das festas de fim de ano, as marcas passaram a oferecer mais peças para sair. De acordo com a Retviews, as marcas estão a reforçar um forte uso de dados em tempo real para encontrar o equilíbrio certo entre as duas categorias.

Em 2021, nos Estados Unidos, mercado em que o loungewear está integrado no dia a dia há muito tempo, a percentagem de linhas de homewear supera, inclusive, o de coleções dedicadas a ocasiões especiais, respondendo por 9,4% da oferta, em comparação com 9% de looks mais elegantes.
Essa tendência pode até continuar se, como sugerem alguns observadores americanos, a tendência do loungewear chegar ao local de trabalho. Na Europa, no entanto, a tendência é diferente, com a percentagem de loungewear de 6,4% em 2021, em comparação com 10% para roupa formal.
Segundo a Retviews, sobretudo devido à volatilidade da situação vinculada à pandemia, a tendência do loungewear deverá continuar e coexistir com a das roupas mais elegantes, com o retorno das interações sociais.
Por fim, vale a pena destacar que, assim como todo o restante vestuário, o loungewear também está a ser afetado pela subida de preços. Na Europa e nos Estados Unidos, o preço médio de uma peça de vestuário aumentou 3% e 4%, respetivamente, entre setembro e dezembro de 2021, passando de 28,16 euros para 29 euros na Europa, e de o equivalente a 40,1 euros para 41,64 euros nos Estados Unidos.
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