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Estela Ataíde
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12 de out. de 2017
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Lucros da Uniqlo disparam e marca fortalece presença global

Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
12 de out. de 2017

O próximo ano, até agosto, será muito importante para a Fast Retailing, com a empresa a informar na quinta-feira (12) que as suas receitas internacionais irão superar, pela primeira vez, o volume de negócios no Japão.


Uniqlo


Este é um marco importante para a proprietária da Uniqlo, que se deparou com uma série de avanços e retrocessos nos seus planos de expansão ao longo dos últimos anos.
 
Mas os retrocessos parecem ser coisa do passado, com a empresa a informar que os seus lucros deverão atingir níveis recordes nos próximos 12 meses até agosto de 2018, depois de ter mais do que duplicado no último exercício financeiro.

A Fast Retailing declarou que nos 12 meses encerrados a 31 de agosto, o lucro líquido subiu para 119 mil milhões de ienes (quase 900 milhões de euros), embora as suas vendas apenas tenham subido 4,2% para 1,86 biliões de ienes (quase 14 mil milhões de euros). O lento crescimento das vendas deveu-se em parte ao baixo volume de negócios interno, mas o negócio internacional desenrolou-se com força graças à queda do iene.
 
O lucro operacional do ultimo período subiu quase 39% para 176 mil milhões de ienes, impulsionado pelos cortes nas despesas efetuados pela empresa, apesar dos resultados mistos nas suas várias divisões internacionais. Nos Estados Unidos, por exemplo, o negócio continua a gerar prejuízo, ainda que as perdas tenham reduzido para metade. No entanto, no geral os lucros operacionais das lojas internacionais da Uniqlo quase duplicaram, com a China, o Sudoeste Asiático e a Oceânia a ganharem impulso. No entanto, os lucros operacionais no Japão caíram mais de 6% à medida que os custos aumentaram.

A empresa também declarou que registou uma melhoria considerável na margem de lucro bruto das vendas líquidas “após a mudança para descontos menores”.
 
“Iremos tomar a iniciativa de reformar todos os processos, incluindo o planeamento, a produção, a logística e as vendas”, disse Tadashi Yanai, CEO da empresa, na conferência de imprensa convocada para falar sobre os resultados. “Se nos tornássemos passivos, cairíamos em declínio”.
 
Mas Yanai não está à espera de qualquer declínio e isso deve-se ao crescimento internacional. As vendas internacionais representaram 38% da receita da Fast Retailing no último ano, em comparação com apenas 22% no ano fiscal de 2013. E com a expectativa de que as vendas internacionais sejam a maioria por esta altura no próximo ano e com a empresa a prever vendas e lucros recorde, as perspetivas são animadoras.

As vendas no Japão ainda podem ser um problema, mas a empresa está a tomar medidas. A Fast Retailing quer impulsionar as vendas online da Uniqlo em 30% no próximo ano, o que deverá ter um efeito notório, e Yanai também insinuou alianças futuras com parceiros online internacionais.
 
Tudo isto resulta numa previsão de lucro líquido que atinge os 120 mil milhões de ienes num volume de negócios de 2,05 biliões no próximo exercício financeiro. Nada mal. 

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