Reuters
Estela Ataíde
9 de out. de 2019
Lucros da Levi Strauss afetados pela debilidade do mercado atacadista nas Américas
Reuters
Estela Ataíde
9 de out. de 2019
A Levi Strauss & Co anunciou na terça-feira uma queda de 4% nos lucros do terceiro trimestre, devido às dificuldades sentidas no setor atacadista no seu maior mercado: as Américas.

A redução dos envios para lojas de descontos e o impacto de uma aquisição tardia de um distribuidor sul-americano reduziram os lucros líquidos em aproximadamente 3% na região, a primeira queda desde que a empresa de 165 anos entrou em bolsa em março.
"A venda por atacado nos Estados Unidos foi complicada... Especialmente em grandes armazéns e cadeias de lojas, onde a muito falada diminuição das visitas afetou negativamente o nosso negócio”, explicou o diretor executivo Chip Bergh em entrevista à Reuters.
A deterioração do panorama do retalho forçou as cadeias de lojas físicas tradicionais, como a J.C. Penney Co Inc, a explorarem outras opções enquanto lutam para impulsionar os seus negócios de comércio eletrónico para competir com empresas como a Amazon.com Inc.
Bergh explicou que a Levi's se está a concentrar mais em vender diretamente aos clientes através das suas lojas físicas e online do que através de retalhistas com desconto.
A Levi's colaborou com a modelo Chanel Iman e o jogador dos New York Giants Sterling Shepard durante o trimestre para criar uma coleção exclusiva, lançando artigos de edição limitada para a linha de moda da gigante do comércio eletrónico Amazon.com Inc.
Excluindo extraordinários, a empresa ganhou 31 cêntimos por ação, 3 cêntimos a mais do que o apontado pelas previsões. Os lucros líquidos aumentaram 3,8%, para 1,45 mil milhões de dólares, em comparação com as previsões médias de 1,44 mil milhões de dólares projetadas pelos analistas, segundo dados do Refinitiv do IBES.
As ações da empresa, que caíram cerca de 14% desde a sua entrada em bolsa, caíram 0,2% nas negociações alargadas.
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