Agência LUSA
18 de mai. de 2023
Lucros da Sonae caem 38% para 26 milhões de euros no primeiro trimestre
Agência LUSA
18 de mai. de 2023
Os resultados líquidos da Sonae no primeiro trimestre deste ano, atribuíveis aos acionistas, foram de 26 milhões de euros, uma queda de 38,3% face ao período homólogo, adiantou a empresa em comunicado.

Assim, de acordo com a Sonae, esta queda dos lucros deveu-se ao "esforço para apoiar as famílias, à pressão inflacionista, ao aumento dos custos de financiamento e fiscais, imparidades de ativos, e por e depreciações mais elevadas na sequência do investimento na expansão e digitalização" dos negócios.
Na mesma nota, a empresa disse que durante o primeiro trimestre, "o volume de negócios consolidado foi de 1,9 mil milhões de euros, mais 12% em termos homólogos", justificando que "este crescimento foi impulsionado pela expansão dos principais negócios de retalho, com abertura de novas lojas, e por ganhos de quota de mercado, com os consumidores a reconhecerem o esforço para oferecer os melhores preços".
O grupo indicou ainda que o seu EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) nos primeiros três meses do ano foi de 161 milhões de euros, um crescimento de 9% em termos homólogos.
Segundo a Sonae, no primeiro trimestre de 2023, o “mercado português de retalho alimentar manteve-se desafiante com a procura dos consumidores muito pressionada pela inflação alimentar (20,5%) que continuou a afetar o poder de compra das famílias”.
Segundo o Sonae, o volume de negócios da MC, empresa de retalho alimentar do grupo, cresceu “11,8% em base comparável (LfL) e 13,5% em termos homólogos, para 1,5 mil milhões de euros”, acrescentando que “as vendas online cresceram igualmente no trimestre”.
Por outro lado, “em termos de rentabilidade, a margem foi novamente impactada” pela “absorção parcial pela MC da pressão inflacionista”, pelo “efeito de mix e agravamento dos movimentos de trading down”, e por “aumentos de custos operacionais essencialmente devido à inflação”.
Por sua vez, o “volume de negócios da Worten atingiu 284 milhões de euros, aumentando 9% em termos homólogos, com um LfL de +7,5%, num contexto de acentuada pressão no poder de compra das famílias”.
Já a Zeitreel, unidade de retalho de moda, “apresentou um desempenho resiliente do seu volume de negócios, o qual atingiu 96 milhões de euros, ficando em linha” com o período homólogo.
A Sierra, do setor imobiliário, registou um aumento do resultado líquido de 58% em termos homólogos, para 16 milhões de euros no final do trimestre. O grupo recordou ainda que “adquiriu a restante participação de 10% na Sierra, por 89 milhões de euros”, passando “a deter 100%” da empresa.
O grupo destacou que o investimento consolidado “atingiu 659 milhões de euros nos últimos 12 meses, aumentando 28%, com expansão orgânica dos negócios e aquisições”, tendo o investimento operacional (Capex) atingido 377 milhões de euros. O investimento em aquisições e reforço de participações em negócios e empresas ascendeu a 282 milhões de euros, referiu.
Apesar do investimento realizado, a dívida líquida reduziu-se “ligeiramente em termos homólogos, para 922 milhões de euros”.
A Sonae disse ainda que lançou, no primeiro trimestre de 2023, “uma nova edição do Programa Contacto, com o objetivo de recrutar um número recorde de mais de 90 jovens de elevado potencial”, referindo que “esta aposta no talento jovem reflete-se também na criação de emprego do grupo, que nos últimos 12 meses reforçou as suas equipas com a contratação de mais de 700 pessoas”.
ALYN // MSF (Lusa)
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