Luxo: França continua a liderar ranking da Deloitte
Os grupos franceses continuam a dominar o mercado do luxo, liderando em termos de volume de negócios. As empresas italianas são as mais numerosas, enquanto as asiáticas consolidam a sua posição. Estas são as conclusões do ranking “Global Powers of Luxury Goods 2019" realizado pela empresa de auditoria e consultoria Deloitte sobre as 100 maiores empresas de luxo do mundo.

Esta edição 2019 classifica os players do luxo em função do seu volume de negócios no exercício fiscal de 2017, o que equivale a 247 mil milhões de dólares (pouco mais de 218 mil milhões de euros) para o conjunto das 100 empresas líderes, que atuam no prêt-à-porter, acessórios, alta joalharia e relógios, bem como nos cosméticos e perfumes.
O crescimento aumentou 13,8% em relação a 2016, quando subiu 14,2%. A taxas de câmbio constantes, subiu 10,8% contra +1% um ano antes. Note-se que 76% deste top 100 viu as suas vendas aumentarem em 2017 e que as 10 líderes do ranking representaram 48% do volume de negócios total.
A LVMH - com as ssuas 70 marcas, incluindo Louis Vuitton, Christian Dior, Fendi e Celine - continua a ser a indiscutível líder mundial do luxo, com um volume de negócios de 27,9 mil milhões de dólares, seguida pela Estée Lauder (13,6 mil milhões) e pelo grupo suíço Richemont (12,8 mil milhões), reproduzindo exatamente o trio principal do ranking da Deloitte publicado no ano passado.
Analisando mais de perto o top 10, a Kering (12,1 mil milhões de dólares) sobe uma posição, movendo-se para o 4º lugar e fazendo, assim, recuar a Luxottica (10,3 mil milhões) para o 5º lugar. A Chanel (9,6 mil milhões), que publicou os seus resultados pela primeira vez em 2018, disparou e entrou para o ranking diretamente na sexta posição, à frente da L'Oréal, do grupo Swatch, da joalheira chinesa Chow Tai Fook e da PVH Corp, enquanto a Ralph Lauren, pela primeira vez fora do top 10 desde a publicação da classificação da Deloitte, desliza para o décimo segundo lugar.

França ocupa o primeiro lugar da lista, com sete grupos a realizarem, sozinhos, 23,5% do volume de negócios total das 100 empresas do ranking. Em média,estas empresas têm uma faturação de 8,28 mil milhões de dólares, registando um aumento de 18,7% em comparação com o ano anterior. A estas sete empresas é preciso ainda adicionar duas, que operam sob uma bandeira diferente por razões jurídicas: a Chanel, cuja holding está sediada em Londres, e a Interparfums, que tem sede nos Estados Unidos. Por outro lado, a Christian Dior já não aparece na lista porque agora está sob a alçada da LVMH. Clarins e Nuxe também saíram da lista.
França conta, portanto, com nove grupos neste ranking mundial. Além da LVMH, Kering, Chanel e L'Oréal classificadas no top 10, a Hermés ocupa a décima primeira posição. Seguem-se o grupo SMCP (Sandro, Maje Claudie Pierlot, 50º), a Longchamp (58º), a Inter Parfums (60º) e a nova entrada Zadig & Voltaire (78º).
Com as suas 24 empresas presentes nesta edição 2019, Itália é o país com o maior número de empresas, mas o seu volume de negócios médio fica em 1,4 mil milhões de dólares, pesando 14% no ranking total. Um número impulsionado pela Luxottica, a única empresa transalpina listada no top 10, em 5º lugar, seguida pela Prada (21º) e pela Giorgio Armani (26º), ambas duas posições abaixo em relação ao ano anterior.
Duas empresas transalpinas destacam-se, no entanto, no top 20 dos crescimentos mais rápidos, com a marca de artigos de couro Furla e registar as taxas de crescimento mais elevadas nas 24 italianas e a marca de blusões Moncler a exibir a melhor rentabilidade. É, no entanto, uma empresa canadiana, Canada Goose, famosa pelas suas parkas e blusões, que regista o maior crescimento, com as suas vendas a dispararem 46,4%.
Por fim, a China está a ganhar terreno, tornando-se a quarta nação da classificação em termos de vendas, atrás da França, dos Estados Unidos e da Suíça. Conta com nove grupos no ranking da Deloitte para um volume de negócios médio de 2,19 mil milhões, com um crescimento de 13,8% após três anos de queda nas vendas. Destes, oito operam no setor da joalharia.
Os dois grupos líderes são o Chow Tai Fook Jewellery Group, que subiu para 9º lugar, levando a PVH Corp a cair para o fundo do top 10, e a Lao Feng Xiang. Estes respondem por dois terços das vendas das nove empresas chinesas. A Chow Tai Seng Jewellery registou o maior crescimento (+31,1%).
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