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Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
21 de abr. de 2021
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6 Minutos
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LVMH compromete-se com design ecológico, rastreabilidade e plástico reciclado através do Life 360

Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
21 de abr. de 2021

A holding francesa LVMH – a número um do luxo mundial – apresentou um novo plano ambiental, na sua assembleia geral, que decorreu na quinta-feira (15 de abril).


Antoine Arnault,diretor de Imagem e Meio Ambiente da LVMH - Courtesy of Berluti


Este novo programa denominado Life 360 detalha os quatro eixos principais, através dos quais o grupo pretende orientar-se e avançar até 2030. Este deriva do programa Life 2020, lançado em 2016, que apresentava quatro objetivos ambiciosos: melhorar o desempenho ambiental de todos produtos; implementar os melhores padrões na cadeia produtiva; melhorar os indicadores-chave de eficiência ambiental de todos os centros; e reduzir as emissões de CO2.

Compromissos esses que, segundo o grupo, também têm permitido aumentar para 40% a participação das energias renováveis ​​no seu conjunto energético; reduzir o consumo de energia das suas lojas em 31%; e obter 74% das peles provenientes de curtumes certificados.

Com o Life 360, a LVMH adota uma abordagem que se concentra em quatro eixos: circularidade, rastreabilidade, biodiversidade e respeito pelo clima. Já não se trata de "melhorar" o desempenho ou as metas, mas de anunciar claramente os seus alvos.

“A nova bússola ambiental do grupo aponta para o futuro ao definir os programas de ação que serão aplicados em 2023, 2026 e 2030”, explicou Antoine Arnault, diretor de Imagem e Meio Ambiente da LVMH, durante a assembleia geral.

Em relação ao foco na circularidade, o grupo quer deixar de usar embalagens plásticas virgens de origem fóssil até 2026. Agora que está aberto o debate sobre as alternativas ao uso de sacos de polietileno – os recipientes plásticos descartáveis ​​que tanto são utilizados no transporte de roupas e acessórios – a LVMH quer entrar no movimento.

Mas o grupo irá apoiar-se numa nova perspetiva de "circularidade criativa" em todas as suas atividades. “É uma abordagem que cabe aos nossos designers. É muito importante porque são prescritores. Queremos lançar novos serviços circulares e fazer parte de uma abordagem baseada no design ecológico”, explicou Hélène Valade, diretora de Desenvolvimento Ambiental do grupo, durante uma apresentação à imprensa.

“Acredito muito neste novo modelo económico. E aplicamo-lo na indústria do luxo. Permite-nos ser criativos em termos dos materiais que utilizamos (materiais de origem biológica), avançar na agricultura regenerativa e explorar novos materiais”, acrescentou Hélène Valade.

O grupo quer que 100% dos seus produtos sejam fabricados com um design ecológico até 2030. E antes disso, em 2023, a empresa pretende implementar estes serviços circulares.

"O que nos move não é a segunda mão, mas a segunda vida", disse ainda Hélène Valade. “O que torna os nossos produtos especiais é a excelência dos materiais e a sua durabilidade. Vamos reforçar e duplicar os serviços de conservação e patine desenvolvidos na Louis Vuitton e Berlutti”, frisou.

Atualmente, o foco parece estar mais voltado para o reaproveitamento de materiais dentro da oferta das marcas de luxo, embora o grupo diga que também incluirá a pesquisa e a busca de materiais alternativos nos próximos anos.


Hélène Valade,diretora de Desenvolvimento Ambiental do grupo - DR


Embora as marcas possam estar a competir entre si, a gestora destaca o desejo do grupo de colaborar com as boas práticas ambientais e uso de materiais. Com este espírito foi criada uma startup dentro da LVMH para conectar as diferentes marcas, de forma a que os materiais inativos possam ser adquiridos por qualquer marca do grupo.

A empresa também se comprometeu a fornecer 100% das suas cadeias estratégicas de fornecimento com um sistema de rastreabilidade até 2030. Face às expectativas de transparência por parte dos consumidores, o grupo – que já está a testar um código QR que apresenta a composição de peças de vestuário com a Patou – pretende rastrear toda a sua cadeia de valor para garantir aos clientes a origem dos materiais.

“Isso é absolutamente crucial. Vai permitir-nos ter uma visão de responsabilidade em toda a cadeia de valor, do campo à loja. O ano de 2030 pode parecer muito distante, mas queremos ter em conta todos os setores com as suas especificidades. Alguns de nós já estão muito avançados. Mas, por exemplo, no caso do ouro é muito difícil seguir o rasto do mineral, desde as refinarias. No caso do couro e das peles, ainda temos de avançar para os rastrear antes de chegarem aos curtumes. As novas tecnologias e o blockchain abrirão novas possibilidades nos próximos anos” explicou Valade.

A tecnologia também permitirá à LVMH avançar com o seu plano estratégico dedicado à biodiversidade, cujo objetivo é interromper o abastecimento em áreas ameaçadas pelo desmatamento e desertificação. O grupo anunciou que quer que "100% das matérias-primas estratégicas sejam certificadas de acordo com os mais elevados padrões de conservação de ecossistemas e recursos hídricos até 2026”. A data pode parecer muito distante, mas o grupo já está a trabalhar na questão há pelo menos cinco anos. A agricultura regenerativa parece ser um novo pilar da política ambiental do gigante do luxo, que anunciou a sua meta de "reabilitar 5 milhões de hectares de habitat para a fauna e a flora até 2030".

Por fim, em relação ao clima, o grupo anunciou as suas ambições em termos de consumo de energia. O objetivo é passar a usar 100% de energia renovável nos seus centros produtivos e nas suas mais de 5.000 lojas espalhadas pelo mundo; assim como reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 50% até 2026.

“Também queremos tentar medir o impacto ambiental das semanas da moda”, acrescentou Hélène Valade. “A Fédération de la Haute Couture et de la Mode forneceu uma ferramenta para calcular o impacto dos desfiles e da difusão das semanas da moda e vamos quantificá-lo. O que está claro é que a tecnologia digital tem um impacto ambiental real”.

No que diz respeito às emissões de gases do efeito estufa associadas à produção de matérias-primas e transportes, que representam a maior parte das emissões do grupo, o objetivo é reduzi-las em 55% por unidade de valor agregado (o que corresponde ao consumo de recursos necessário para o fabrico de um artigo escolhido como representativo da produção da empresa) até 2030.

“Existem vários caminhos. A nossa ambição é estar em linha com os compromissos do Acordo de Paris. No transporte, significa dar preferência ao marítimo em detrimento do aéreo. Devemos trabalhar em tudo o que está relacionado à economia circular, porque a reciclagem ajuda a reduzir o impacto do carbono. Um quilo de lã reciclada representa 455% menos carbono do que de lã virgem. O mesmo acontece com o objetivo de conferir as embalagens. Vemos o potencial dos conteúdos descartáveis nos perfumes da Christian Dior”, adiantou.

De acordo com o relatório RSC 2020 do grupo, a divisão de perfumaria e cosméticos – que no ano passado transportou a maior parte dos seus produtos por via aérea – tem muito espaço para melhorias. A divisão de moda e artigos de couro, com altas emissões de gases de efeito estufa gerados pelo transporte aéreo de materiais e produtos, também tem um potencial significativo.

Através de Antoine Arnault, o grupo irá comunicar de forma regular o passo a passo deste programa Life 360, apoiando-se na experiência da empresa especializada Quantis. Se há alguns anos os investidores viam os compromissos ambientais com certo receio, agora parece que o tema está a ter aceitação. Na última quinta-feira à noite, as ações da LVMH subiram ligeiramente na bolsa de valores de Paris e a sua capitalização de mercado atingiu 309,56 mil milhões de euros.
 

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