Bernard Arnault, atual presidente e diretor executivo da LVMH, deverá visitar a China, segundo disseram duas fontes à Reuters, na quinta-feira (1 de junho), numa altura em que os fabricantes europeus de artigos de luxo acompanham de perto o ritmo de recuperação do principal mercado após três anos de perturbações provocadas pelos surtos de COVID-19.

Uma das fontes próximas do assunto disse que a visita de Arnault ao importante mercado chinês, que vem depois de visitas de alto nível ao país esta semana pelo CEO do JPMorgan Chase & Co, Jamie Dimon, e pelo CEO da Tesla Inc, Elon Musk, terá lugar no final deste mês.

A LVMH, proprietária de marcas que vão da Moët & Chandon à Givenchy, não quis comentar.

As fontes não deram um motivo para a viagem ou disseram em que parte do país Arnault provavelmente se deslocará.

O presidente e diretor executivo da LVMH encontrou-se com o Ministro do Comércio chinês, Wang Wentao, em Paris, em abril passado, na loja da marca Christian Dior, na Avenue Montaigne.

A filha de Arnault, Delphine Arnault, CEO da Dior, bem como outros executivos de topo da LVMH participaram na reunião, e o grupo comprometeu-se a participar na Exposição Internacional de Importação da China, que se realizará em Xangai em novembro.

Desde o levantamento do confinamento em dezembro, as autoridades chinesas têm-se esforçado por sublinhar que o país está aberto ao comércio. A recuperação tem sido irregular, mas o sector do luxo tem tido um desempenho superior ao de outras categorias de consumo, uma vez que os consumidores abastados têm mantido os seus hábitos de consumo na China continental.

A visita planeada por Arnault surge numa altura crítica para o reinício da LVMH na joalharia norte-americana Tiffany, a sua maior aquisição de sempre, que procura expandir na China como parte de uma estratégia para alcançar a sua maior rival Cartier.

A recuperação na China ajudou a elevar as vendas do primeiro trimestre da LVMH, que cresceram 17%. Os executivos de outras empresas de luxo também estão a dar ênfase à China, especialmente porque as vendas do sector nos Estados Unidos mostram sinais de abrandamento após um forte aumento pós-pandemia.

Ainda a título de curiosidade, segundo um artigo publicado pela revista Exame, na passada quinta-feira (1 de junho), com base no ranking de bilionários da Bloomberg, o fundador da Tesla e da SpaceX, Elon Musk, acabou de superar o empresário francês Bernard Arnault em mais de 5 bilhões de dólares, tornando-se a pessoa mais rica do mundo.